O saber tradicional, que passa por gerações, e como ele pode ser aliado aos avanços da ciência. Com essa proposta a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) promoveu, nesta terça-feira, 21, uma roda de conversa com profissionais da saúde, lideranças comunitárias e moradores da ilha de Cotijuba, na sede da Unidade Municipal de Saúde (UMS) local. Foi uma manhã de troca de experiências e aprendizados sobre práticas de cura.
Para a gerente da UMS Cotijuba, Alessandra Gemaque, o encontro foi enriquecedor. “Passei seis anos à frente da unidade e nunca tivemos essa experiência. Espero que tenhamos sempre encontros como esse para relatarmos nossas dificuldades e aprendizado. Muitas pessoas na comunidade têm esse conhecimento da medicina popular”, disse. “O amor ao próximo é uma prática de cura, por isso tento sempre fazer o meu melhor”.
Orlando Júnior, que trabalha como assistente administrativo da UMS, disse que a roda de conversa é o primeiro passado para o resgate dos valores da comunidade.
“O saber popular é importante. A biodiversidade da nossa região mostra que, muitas vezes, está dentro de casa a cura para algumas enfermidades. Isso também é trabalhar a atenção primária, a prevenção”, afirmou.
O coordenador de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Sesma, Rafael Cabral, informou que com as rodas integrativas sistêmicas – a partir do ano que vem serão mensais –, os profissionais e gestores de saúde podem identificar práticas do território que estão ligadas à identidade do povo, entendendo essa fitoterapia tradicional.
“Identificamos práticas de cura do território que são ancestrais, que têm eficácia, e como podemos aliar isso à ciência”, assinalou Cabral.
(Com informações de Edielson Shinohara)
Texto: Luiz Carlos Santos
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								