O Dia Internacional da Biodiversidade, celebrado em 22 de maio, teve uma programação especial organizada pela Prefeitura de Belém, através da Secretaria de Meio Ambiente (Semma), no Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves, na manhã desta terça-feira, envolvendo alunos da Escola Estadual Jarbas Passarinho e visitantes daquele espaço, localizado no bairro do Marco, em Belém, em uma parceria do Bosque e o Instituto Alachaster.
A data foi criada para conscientizar a população sobre a importância da diversidade biológica, além de formar a consciência da proteção da biodiversidade em todo o ecossistema do planeta.
A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 22 de maio de 1992, e consiste em uma homenagem ao dia em que foi aprovado o texto final da Convenção da Diversidade Biológica, intitulado “Nairóbi Final Act of the Conference for the Adaption of the Agreed Text of the Convention on Biological Diversity”.
Bosque – A programação no Bosque Rodrigues Alves começou com uma trilha pelo espaço, no qual os monitores explicaram um pouco mais sobre a fauna e a flora que habitam no local. As crianças passaram pelo Jardim Sensorial, onde viram o plantio de mudas. Esse é um espaço onde as pessoas podem estimular seus sentidos tocando e sentindo o aroma das plantas.
Estudantes do segundo e terceiro ano do ensino básico da escola Jarbas Passarinho, se divertiram com as atividades. A professora Nágela da Silva acompanhou a criançada. “Recebemos o convite da direção do Bosque e já que somos vizinhos, estamos aproveitando essa oportunidade. Ficamos felizes em ver como esse tipo de aula, fora da escola, tem um efeito muito positivo para as nossas crianças”, avaliou a professora.
Plantio – Além do plantio de mudas, uma equipe do Bosque, em conjunto com o Instituto Alachaster, uma associação formada por empreendedores de Belém, que estimulam hábitos saudáveis, promoveram uma dinâmica para explicar o que é um Jardim Sensorial e os cuidados que devem ser tomados com esse espaço.
Quem aproveitou a manhã ensolarada desta terça-feira, para um passeio no Bosque foram as amigas Andreza dos Santos e Cinthia Reis, que levaram o pequeno Arthur, de 1 ano e três meses, filho da Andreza. “Nós moramos no bairro da Sacramenta, mas toda semana trazemos o Arthur para atendimento médico, aqui perto. Aproveitamos para vir aqui e ficar perto da natureza, esse cheiro de mato e ver os animais. Meu filho gosta muito”, contou Andreza.
“O bacana de vir aqui no Bosque é que isso lembra a minha infância. Acho que todos nós, em Belém, temos boas lembranças de passeios divertidos por aqui”, opinou Cinthia.
Para Tiéure Ribeiro, engenheira agrônoma do Bosque, a parceria com o Instituto Alachaster é bem vinda. “Essa é a nossa primeira ação, numa parceria que é bem vinda para nós, mas que já temos programada outra para o dia 5 de junho, no dia da abertura da Semana do Meio Ambiente”, adiantou a engenheira.
Tiéure Ribeiro revelou que, por mais vigilância que seja feita no Bosque, ainda assim, há roubos das plantas, em especial, as do Jardim Sensorial, já que muitas espécies plantadas são medicinais ou utilizadas em chás e alimentação. “Pedimos, encarecidamente, que as pessoas não roubem as plantas do Bosque. Ações como essas, além de serem ilegais, prejudicam o público que vem aqui”, alertou a engenheira.
Alachaster – O Instituto Alachaster objetiva estimular hábitos saudáveis na comunidade para preservação do meio ambiente e para um estilo de vida saudável, por meio do incentivo a prática da cidadania e da responsabilidade socioambiental. O instituto procura criar conexões entre as pessoas, por meio de práticas baseadas em sustentabilidade, cidadania e qualidade de vida para despertar e desenvolver os valores humanos na sociedade.
A assistente social e responsável pela coordenação dos projetos socioambientais do instituto, Lidiely Dutra, participou das ações juntamente com estagiários e voluntários. Eles fizeram o replantio de algumas espécies vegetais, o que renovou a beleza e a funcionalidade do Jardim Sensorial. “Entre nossas ações estão o plantio e doação de mudas. Aqui no Bosque estamos replantando algumas espécies e também explicamos às crianças sobre o que é um jardim sensorial e a importância dele”, explicou a assistente social.
O Instituto Alachaster também tem o projeto Horta Terapêutica, que utiliza o cultivo de plantas alimentícias como ferramenta nas atividades de terapia ocupacional para públicos diversos, além de contribuir para melhoria na qualidade da alimentação. Há duas dessas hortas mantidas pelo instituto, a do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (Caps AD), mantido pelo município de Belém, e a do Caps Marajoara, de responsabilidade do Governo do Estado.
Texto: Dedé Mesquita
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								