É comum falar-se na importância do pré-natal para assegurar que o bebê em gestação nascerá saudável e cercado de cuidados. Mas, outras medidas, igualmente importantes, e que só podem ser tomadas após a chegada da criança, também precisam ser adotadas para prevenir e identificar doenças tratáveis. É o caso do teste do pezinho, capaz de diagnosticar doenças no sistema digestivo do bebê; anemia falciforme; doenças hormonais, entre outras, cujos tratamentos podem ser encontrados nos serviços de referência.
Pensando na importância do teste, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) adquiriu 36 refrigeradores novos, exclusivos para armazenar o exame do teste do pezinho. Os equipamentos estão sendo distribuídos nas Unidades Municipais de Saúde (UMS). “É importante ressaltar que o teste do pezinho é realizado em 56 Unidades de saúde, e precisa ser feito do terceiro ao quinto dia de vida da criança, para que se possa diagnosticar precocemente doenças tratáveis na própria rede”, frisou a Referência da Criança e Adolescente de Belém, Bárbara Guerreiro.
A dona de casa Aldenice Ramos Virgulino, de 19 anos, não perdeu tempo e levou o pequeno Thallyson Roberto, de apenas cinco dias de vida, para realizar o exame na UMS Sacramenta, uma das unidades que receberam o novo refrigerador e que realiza, em média, cerca de 160 exames por mês. Ela confessa que não sabe exatamente quais as doenças diagnosticadas no resultado do teste, mas entende que ele pode assegurar o futuro de Thallyson. “Fiz o meu pré-natal aqui mesmo na Sacramenta, e nós somos orientadas a voltarmos com os nossos bebês para realizarmos as vacinas e exames necessários, por isso retornei e estamos aqui para o teste do pezinho”, pontuou Aldenice.
A técnica de enfermagem da unidade, Goretti de Souza, alerta aos pais para que a criança não passe do prazo de realizar o exame. “Caso o resultado do teste dê positivo para alguma patologia, é preciso que se trate o quanto antes, por isso, quanto mais cedo eles trazem, melhor. Prematuros devem voltar à unidade após três meses, para uma nova etapa de exames”.
Mirian campos, de 29 anos, realizou o pré-natal na UMS do Benguí e também cuidou de levar o filho com poucos dias de vida para fazer o teste na sala de imunização da unidade, que também recebeu o novo refrigerador. Ela conta ter tido todo o direcionamento durante o pré-natal para que os exames e vacinas fossem feitos no tempo certo. “Eu não sabia que o teste diagnostica muitas doenças, mas sim que ele seria muito importante para a saúde do meu bebê”, ressaltou.
Como o teste é feito?
Uma amostra de sangue do calcanhar do bebê é retirada e enviada para análise. A coleta ocorre nessa região por causa ao grande fluxo sanguíneo que existe ali. O sangue, então, é colocado num papel filtro tipo mata-borrão, armazenado no refrigerador até ser encaminhado ao laboratório habilitado pelo Ministério da Saúde.
Texto: Kezia Carvalho
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								