Bosque Rodrigues Alves recebe novo viveiro para 5 mil mudas

O Bosque Rodrigues Alves Jardim Zoobotânico da Amazônia acaba de receber um novo viveiro para a produção de mudas. Construído após parceria da Prefeitura de Belém, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), com o Governo do Estado do Pará, por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), o viveiro, que conta com sistema de irrigação, tem capacidade para receber 5 mil mudas, que servirão para a manutenção dos canteiros da área de conservação, bem como para atividades educativas em outras áreas verdes da cidade.

“A partir de agora as mudas passarão a ser reproduzidas dentro do Bosque, onde iremos renovar o paisagismo e a flora do espaço, além de ajudar, se necessário, na manutenção dos espaços públicos. Essa é uma das parcerias da Prefeitura com o Governo, que trará grande benefício para nós”, declara a diretora do Bosque, Lindomar Silva. Ainda este ano, a Granja Modelo também receberá um novo viveiro.

O engenheiro agrônomo Kleber Perotes, membro da equipe técnica da diretoria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal do Ideflor-Bio, explicou como funcionará o espaço. “Esse é um viveiro institucional. Aqui teremos a produção de mudas para o enriquecimento do espaço e das atividades ambientais. No viveiro serão usadas mudas em sacos plásticos e tubetes. Podemos dizer que o tubete é uma novidade no estado, onde precisamos usar menos substratos para encher os sacos, além de que eles podem ser reaproveitados, diferente dos sacos que são rasgados na hora do plantio da muda e jogados fora”

O técnico do Ideflor-Bio ressalta ainda que a equipe de flora do Bosque receberá treinamento sobre produção de mudas em tubetes e preparo de substratos, que são os insumos utilizados nas produções.

De acordo com o técnico agrícola Francisco Junior, o novo viveiro trará grandes benefícios para o Bosque. “Antes o nosso processo de produção de mudas era lento e tínhamos pouco espaço, onde conseguíamos produzir cerca de 300 mudas de cada vez. Agora iremos aumentar para 5 mil. Nossa prioridade são plantas nativas, mas também teremos plantas medicinais e indicadas para o paisagismo, sempre priorizando o restauro dos nossos canteiros”, explicou.

Ele exemplifica que o Jardim Sensorial do Bosque é um dos espaços que precisam passar por constante manutenção. “Agora vamos poder repor as mudas com plantas produzidas dentro do nosso espaço”.

A equipe de flora do Bosque Rodrigues Alves também informa que espécies invasoras estão sendo extintas do local, como é o caso da Rabo de Peixe, que não é nativa. “Fazemos o controle mecânico retirando essa espécie, quando ela ainda é jovem, e vamos ocupar os canteiros com espécies nativas produzidas no nosso novo viveiro”.

Entre as espécies nativas, seja de uso medicinal, em extinção ou indicadas para o paisagismo, que serão cultivadas no viveiro estão massaranduba, ipê rosa, andiroba, marupá, buriti, entre outras. A montagem do viveiro contou ainda com apoio dos alunos de Biologia da Universidade da Amazônia (Unama) e reeducandos da Superintendência do Sistema Penal (Susipe).

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Texto: Ana Paula Azevedo

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