Como forma de garantir mais segurança nas escolas municipais e estaduais, Prefeitura de Belém e Governo do Estado do Pará deram início, em abril deste ano, ao Plano Integrado de Prevenção à Violência nas Escolas e comunidades de entorno. Nesta quarta-feira, 22, a primeira fase deste plano, que abrange os bairros do Benguí, Tapanã e Pratinha, foi concluída. A programação de encerramento foi realizada na Escola Municipal Cordolina Fonteles, na Pratinha.
“Percebemos que o atendimento dessas escolas e comunidades estava disperso, e que com a integração entre secretarias municipais e estaduais, Juizado da Infância e Juventude, Ministério Público do Estado, era possível uma efetivação maior da proposta de prevenção, já que assim montamos um calendário único de atendimento”, explicou a secretária executiva do Gabinete de Gestão Integrada Municipal, Martha Falcoski.
O Plano é abrangente e além de levar para dentro das escolas mais efetivo de segurança e palestras, traz um olhar mais atento para a comunidade, com ações de melhoria na iluminação, poda de árvores, ações de saúde, entre outros.
“Os problemas relacionados à segurança não podem ser resolvidos apenas com o efetivo combate à violência. É um trabalho que precisa ser feito de forma integrada, que envolve saúde, educação, assistência social”, afirmou Martha Falcoski. De acordo com Martha, a escolha dos bairros pelos quais o projeto foi iniciado levou em consideração os índices de criminalidade e também um diagnóstico socioterritorial, elaborado pela Funpapa.
O trabalho vem sendo aprovado pelos pais das crianças. Na Escola Municipal Cordolina Fonteles, a doméstica Adriana Lemos da Silva afirmou que hoje se sente segura para deixar a filha Yasmin Cristine da Silva Rodrigues, de 8 anos, na escola enquanto vai trabalhar. “Esse trabalho ajuda muito, porque a Guarda Municipal tá sempre presente aqui e nos sentimos mais seguros mesmo”. Yasmin estuda na escola municipal há três anos, e a mãe pretende mantê-la lá, pois a atenção disponibilizada pelos educadores e diretora escolar cativaram a família.
A coordenadora do núcleo de programas e projetos do ensino fundamental, Manuella Porto, explica que a Secretaria Municipal de Educação não resume seu trabalho apenas às crianças, mas envolve também pais e educadores, inclusive no combate à violência nas escolas.
“As palestras, os projetos que trazemos para dentro das escolas, tudo isso é definido junto com a comunidade escolar para entender quais as necessidades daquela comunidade, quais tipos de violência eles sofrem, de direitos, sonora, criminalização”, explicou Manuella, completando que existem valores que a educação sozinha não dá conta de resolver, daí a importância deste trabalho integrado com outras secretarias.
No encerramento da primeira fase do projeto, a Secretaria Municipal de Saúde levou diversas palestras para a comunidade escolar, de hábitos de higiene e hábitos alimentares saudáveis à prevenção ao abuso sexual contra crianças e adolescentes, e esclarecimentos sobre o Programa Saúde na Família.
De acordo com o coordenador do Programa Saúde na Escola, da Sesma, Márcio Nascimento, as palestras vão além do papel de passar orientações. Ali são realizadas também as chamadas ações curativas em saúde, onde são identificados e encaminhados casos que precisem de intervenções psicossociais, odontológicas ou oftalmológicas. “Dentro das ações de oftalmologia nós já atendemos mais de 2.500 crianças e cerca de 800 já foram contempladas com óculos através do programa Olhar Brasil, em parceria com o governo federal”, destacou Márcio.
A segunda fase do plano integrado de prevenção à violência nas escolas acontece a partir de agosto e vai contemplar os bairros do Jurunas, Cremação, Guamá, Terra Firme e Cabanagem.
Texto: Kennya Corrêa
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								