Em março de 2015, a Prefeitura de Belém aderiu ao projeto “Crack, é possível vencer”, da Secretaria Nacional de Política Sobre Drogas. Na capital, este projeto está inserido no Belém Pela Vida, programa que atende dependentes de álcool e drogas. Na manhã desta sexta-feira, 17, o Belém Pela Vida promoveu um seminário para discutir as diretrizes e ações no eixo autoridade, uma das frentes do programa no combate ao crack. Agentes da Guarda Municipal de Belém (Gbel), da Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob), da Polícia Militar (PM), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Nacional de Trânsito (Detran) participaram do seminário.
O “Crack, é possível vencer” trabalha em três frentes de atuação: na prevenção, desenvolvendo ações para evitar que a droga seja consumida; no cuidado, que atua na atenção médica e de saúde aos dependentes químicos; e na autoridade, que trabalha com os órgãos de segurança na desarticulação da rede do tráfico.
Por ser uma droga de baixo custo e com efeito rápido, o consumo do crack se torna facilmente desenfreado, causando dependência em curto prazo. O eixo autoridade atua por meio das Bases Comunitárias com Videomonitoramento (BCV), além de parcerias com a própria comunidade onde há consumo da droga no entorno.
Em Belém, há duas BCVs em funcionamento: uma no entorno do mercado do Ver-O-Peso e outra móvel, que nesta semana faz a segurança do 4º Arraiá da Capitá, na cidade. Essa base é de responsabilidade da Gbel, que mantém o projeto
“Crack, é possível vencer” no Sistema Integrado de Monitoramento (SIM) desenvolvido pela Guarda. O SIM integra, entre outros serviços, uma rede de videomonitoramento que inclui os bairros da Sacramenta, do Guamá e da Terra Firme, pontos críticos do consumo e tráfico de entorpecentes.
Apesar de o eixo autoridade trabalhar na repressão ao crack, a discussão acerca das ações do Eixo também passam por um novo olhar sobre as drogas. Tainah Nascimento, da PRF, observa que “a segurança pública não se faz apenas com polícia. O tema das drogas precisa deixar de ser um tabu e tem que ser discutido nas mesas, nos almoços de família, para que as crianças saibam das consequências reais do uso das drogas”.
Guarda – Para fazer a prevenção do uso de entorpecentes, a Prefeitura de Belém, por meio da Gbel, desenvolve ações que vão além de fazer a segurança do cidadão belenense. A Guarda possui dois projetos que vão até as escolas da cidade: “Anjo da Guarda” e “Guarda Amigo da Escola”. “Esses projetos têm como objetivo atender as crianças que estão em situação de risco, fazendo a inserção social por meio de atividades lúdicas e do esporte”, ressalta o comandante da Gbel, Fernando Queiroz. Ao todo, são 21 escolas da capital atendidas pelos projetos. Nesta sexta-feira, 17, a Escola Estadual Waldomiro Rodrigues Oliveira, no bairro do Benguí, recebeu o “Guarda Amigo da Escola”.
Belém Pela Vida – O programa Belém Pela Vida foi criado em 2014 e visa garantir ações articuladas desde a prevenção, busca ativa de pessoas em situação de rua, até a internação de dependentes químicos. Em dois anos, já foram realizados mais de 4 mil atendimentos. “Nosso programa articula um conjunto de políticas públicas voltadas ao atendimento biopsicossocial, para reduzir os prejuízos de natureza biológica, social, cultural e econômica da população usuária abusiva de substâncias psicoativas”, destaca a coordenadora do Belém Pela Vida, Simmy Tobelem.
O cidadão que desejar atendimento pode procurar a sede do programa na avenida Governador José Malcher, 453, entre as travessas Benjamin Constant e Rui Barbosa, no bairro de Nazaré, das 8h às 14h de segunda a sexta-feira. Todo o atendimento é gratuito.
Texto: Igor Pereira
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								