Mais de 70 pessoas estão sendo atendidas pelo programa de assistência domiciliar “Melhor em Casa”, implantado há um ano pela Prefeitura Municipal de Belém para o atendimento de doentes acamados, para reabilitação no próprio domicílio.
Duas equipes do programa atendem nos bairros da Sacramenta e do Benguí. São profissionais qualificados, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, fisioterapeutas, motoristas e assistentes administrativos. A principal missão da equipe é compreender o indivíduo dentro do seu lar, com assistência integral e resolutiva, atrelada ao apoio emocional, que pode favorecer a cura ou um tratamento contínuo mais humanizado.
De acordo com a coordenadora do “Melhor em Casa”, Karen Tavares, o programa proporciona mais rapidez no processo de alta hospitalar, proporcionando redução das complicações clínicas, diminuição dos riscos de infecção hospitalar e otimização de leitos. “O programa permite transferir pacientes que estão nos hospitais para que possam ter atendimento com qualidade em casa, com maior suporte emocional e ao lado da família”, explica.
Os pacientes atendidos pelo Melhor em Casa são encaminhados pela Atenção Básica, pelos hospitais de pronto-socorro Mário Pinotti e Humberto Maradei Pereira, pela Unidade de Pronto-Atendimento de Icoaraci e por solicitação dos próprios familiares feitas nas Unidades de Saúde dos bairros contemplados.
Podem receber esse atendimento pessoas com úlcera de decúbito (escara), doenças crônicas pulmonares, sequelados de Acidente Vascular Cerebral, com cardiopatias, hepatopatias crônicas, neoplasias, HIV, Parkison e Alzheimer e que necessitem de monitoramento de sinais vitais. “Também é possível fazer a reabilitação de pessoas com deficiência permanente ou transitória, acompanhamento de recém-nascidos com baixo peso, necessidades de exame laboratoriais de rotina, nutrição parenteral, vítimas de acidentes de trânsito, cuidados com traqueostomias, adaptação do usuário ao uso de sondas e ostomias, aspiração das vias aéreas e cuidados paliativos”, orienta Karen.
Para o secretário municipal de Saúde, Sérgio Figueiredo, a atenção domiciliar também só é possível com o apoio dos familiares do paciente, principalmente do cuidador, pessoa treinada pelos profissionais de saúde para cuidar do paciente na ausência da equipe do programa. “Nosso trabalho está baseado em uma prática humanizada e resolutiva, envolvendo promoção, prevenção e reabilitação do paciente”, garante.
O paciente pode ser desligado do programa em casos de piora clínica que justifique a internação hospitalar, mudança da área de abrangência, impossibilidade do cuidador, recusa do paciente, cura ou recuperação que permita seu deslocamento até a unidade de saúde do seu bairro.
Texto: Paula Barbosa