Empresa será responsabilizada por despejo irregular de lixo no Aurá

O motorista de uma empresa de transporte de entulho foi conduzido para prestar esclarecimentos após ter sido flagrado, na tarde desta quinta-feira, 14, despejando grande quantidade de lixo domiciliar e óleo queimado no lixão do Aurá. O descarte deste tipo de material é proibido no local, que durante anos serviu de destinação final para o lixo produzido na Região Metropolitana de Belém (RMB). A abordagem foi feita por equipe da Polícia Civil, por meio da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), que desde o ano passado investiga este tipo de conduta criminosa no Aurá.

Desde junho de 2015, todo o lixo domiciliar da Região Metropolitana de Belém passou a ser destinado para uma Central de Processamento e Tratamento de Resíduos (CPTR) em Marituba, conforme determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). O recebimento do lixo em uma CPTR elimina de forma significativa a possibilidade dos impactos ao meio ambiente, uma vez que o solo do local recebeu tratamento de impermeabilização para evitar contaminação dos poços subterrâneos de água e dos mananciais.

Atualmente, segundo a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), que administra o Aurá, ali é permitido apenas descarte de resto de construção, poda de árvores e materiais inertes e não poluentes. Este tipo de material serve como cobertura do terreno e faz parte do processo de recuperação ambiental do lixão.

De acordo com o delegado Aurélio Paiva, da Dioe, o motorista que conduzia o caminhão foi ouvido e liberado. “Vamos chamar os responsáveis legais pela empresa proprietária do veículo para que o processo policial possa ser instaurado", informou.

“Todo o material que chegou a ser descartado, bem como o que ainda ficou na carroceria do caminhão, passará por perícia. O objetivo é identificar que tipo de material exatamente estava sendo destinado de forma inadequada para aquele espaço”, explicou o delegado.

Texto: Lauro Lima

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