Em virtude da atual situação epidemiológica da infecção pelo vírus Zika em Belém e da dificuldade para diagnóstico, visto que no momento não há sorologia disponível para detecção de anticorpos, ficando o diagnóstico limitado à realização de isolamento viral, atualmente realizado somente no laboratório de Arbovirologia do Instituto Evandro Chagas (IEC), o Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde faz as seguintes recomendações com base em uma reunião ocorrida na última semana com a presença de representantes da Vigilância Epidemiológica do Estado e Município, Laboratório Central do Estado (Lacen) e laboratório de referência do Instituto Evandro Chagas.
1° – Não existe mais a necessidade de coleta de amostra para todos os casos suspeitos de Zika, ficando o exame restrito aos casos atípicos e/ou hospitalizados e em grávidas em qualquer idade gestacional.
2° – Todos os casos suspeitos devem continuar sendo devidamente notificados à Vigilância Epidemiológica para conhecimento e providências quando às medidas de controle da doença.
3° – As notificações devem ser feitas na ficha de notificação/conclusão conforme vem sendo realizada.
A Sesma orienta os profissionais que fiquem atentos aos casos suspeitos de dengue e chikungunya, e que os estabelecimentos de saúde adotem as recomendações para manejo clínico conforme o preconizado no protocolo vigente.
A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Leila Flores, ressalta que a vigilância é responsável pela coleta de material para exames. “Não há necessidade do paciente se deslocar ao Evandro chagas para realizar o exame. Qualquer caso suspeito tem que ser comunicado primeiramente para o departamento, e em caso de qualquer dúvida a equipe técnica da vigilância epidemiológica de Belém se coloca à disposição para qualquer esclarecimento que se faça necessário pelo contatos 3344-2475 / 98417-3985 e email dvebelem@hotmail.com”.
Sobre a infecção por zika vírus a vigilância reforça que a maior parte dos casos não apresenta sinais e sintomas e não há registro de morte associada. O vírus é transmitido por meio da picada de mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue. Por esse motivo, as medidas de prevenção e controle são as mesmas já adotadas para a dengue e chikungunya.
O vírus
A evolução do vírus é benigna, com um período de incubação de aproximadamente quatro dias. A doença é caracterizada por febre baixa, conjuntivite sem secreção e sem coceira, dores em articulação e manchas vermelhas pelo corpo, com coceira, dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas. Os sinais e sintomas podem durar até sete dias.
O tratamento é sintomático e baseado no uso de paracetamol para febre e dor, conforme orientação médica. Não está indicado o uso de ácido acetilsalicílico e drogas anti-inflamatórias devido ao risco de complicações hemorrágicas, como ocorre com a dengue. Orienta-se procurar o serviço de saúde para atendimento adequado.
Texto: Kezia Carvalho
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								