A mera visão do Cine Olympia, hoje a sala de cinema mais antiga em atividade do país, já seria suficiente para cativar qualquer um. Poder ir ao cinema e assistir a um filme como parte de uma aula é ainda melhor. Foi essa a experiência vivenciada por uma turma da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Theódor Badotti, do bairro do Tenoné, na região metropolitana de Belém.
O projeto “A escola vai ao cinema”, que existe desde 2007 e já beneficiou cerca de 60.000 estudantes da rede pública municipal, tem por objetivo utilizar a sétima arte como parte do processo de ensino-aprendizagem aproximando esses estudantes da narrativa audiovisual.
A professora Rosely Monteiro, que acompanhava a turma do 5° ano à uma das sessões, elogiou a iniciativa. “Eu soube do projeto através de uma amiga que também é educadora, entrei em contato com a administração do Olympia e agendamos essa ‘aula passeio’. É ótima a oportunidade que as crianças têm. Algumas delas nunca tinhsm ido ao cinema e vê-las encantadas com tudo isso é maravilhoso. Na volta para a escola elas fazem trabalhos relacionados com o filme que viram, e escrevem redações que chegam a emocionar”.
As pequenas Clívia da Silva e Larissa Leal, de 10 anos, não conseguiam desviar os olhos da grande tela. As meninas pareciam encantadas com o que viam. Principalmente Larissa que estava indo ao cinema pela primeira vez. “Gostei de tudo aqui. O prédio é muito bonito e ver o filme assim com os colegas é muito legal”, confessou.
Para Nazaré Moraes, gerente do Cine Olympia, esse projeto é de uma importância imensa. “É uma maneira de trazer essas crianças para conhecer a história do Cine Olympia, que é um patrimônio histórico da cidade. E também dar a elas acesso a essa forma de arte maravilhosa que é o cinema. O mote deste espaço cultural é ‘História, diversão e cultura’, daí você já vê o quão importante é um projeto como este”, declarou.
A programação de filmes ocorre sempre no período letivo de ensino, de terça à sexta feira, tanto no período da manhã quanto da tarde.
Texto: Jean Coutinho
