Garrafas pet e pasta plástica para guardar documentos. Essa foi a matéria prima usada para criar um foguete experimental e mostrar que uma reação química entre a água e o ar causa uma pressão tão intensa dentro de um recipiente que é capaz de fazê-lo voar. O trabalho foi apresentado por alunos do 9º ano durante a 2ª Mostra de Ciência e Cultura, organizada pela Fundação Escola Bosque (Funbosque) nesta quinta-feira,26.
O professor de química da Funbosque, Alberto Alves de Souza, é o responsável, junto aos alunos, pela criação do foguete experimental. Ele acredita que esse tipo de abordagem prática eleva a educação dos alunos e promove um entendimento mais completo do ensino. “O projeto desperta todo um desenvolvimento no quesito da construção da criatividade, a gente sai daquele modelo tradicional do aluno sentado e copiando o que o professor fala, aqui nós fazemos diferente, construindo uma relação da matéria com o aluno na prática. Muitos alunos que não gostavam de química começaram a se interessar depois desses trabalhos”, relatou o professor que coordena mais de 10 projetos científicos.
Nos estandes distribuidos pela feira ideias inovadoras e projetos bem interessantes como sabão produzido a partir do óleo de cozinha usado, projetos de piscicultura e manejo dos peixes, realizado pela escola da pesca, criação de horta e identidade das árvores. Um dos projetos de maior destaque e que interfere diretamente na vida das populações ribeirinhas é a filtragem de águas superficiais, onde a água dos rios e lagoas é processada e pronta para o consumo em um processo essencialmente químico. Adicionando óxido de cálcio, sulfato de alumínio e outros minerais, os alunos demonstraram todo o processo de purificação da água.
Segundo a presidente da Funbosque, Carol Lobato Rezende, a mostra pretende impulsionar as produções técnicas e científicas realizadas. "A finalidade da nossa mostra é apresentar os trabalhos produzidos durante o ano pelos nossos alunos e professores, são projetos que não só beneficiam os alunos, mas também todas as comunidades ribeirinhas, que recebem e utilizam algumas criações daqui", conclui a presidente.
Texto: Bruno Menezes
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								