Mais de 90% do projeto da Prefeitura de Belém de modernização da base cartográfica do município e da atualização do cadastro imobiliário foram concluídos. Iniciada no ano passado, a ação já mapeou por fotos aéreas todo o território urbano e recadastrou mais de 95 mil imóveis de uma meta de 120 mil.
Com as informações atualizadas, a prefeitura terá um raio-x do atual espaço urbano de Belém e poderá planejar políticas públicas e obras de infraestrutura de acordo com as necessidades de cada local.
Segundo a titular da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), Teresa Cativo, o projeto subsidiará o planejamento urbano. “Os dados nos permitem conhecer o espaço geográfico que temos hoje e vão auxiliar na elaboração de projetos sociais, políticas públicas consistentes, organização do crescimento urbanístico, levantamento de infraestrutura disponível e uma política fiscal mais justa”, esclarece a secretária de Finanças. O órgão é responsável pela coordenação do projeto.
Por meio do trabalho de recadastramento imobiliário estão sendo coletadas informações que servem para a regularização cadastral dos imóveis, como o cadastro no nome do verdadeiro proprietário. Além disso, os dados atualizados vão abastecer o novo Sistema da Administração Tributária, que está em desenvolvimento, e permitirá a modernização de procedimentos e serviços prestados pela Sefin.
A professora Elenice Nazaré Pereira foi uma das moradoras do bairro do Umarizal que recebeu a visita dos cadastradores. Para ela é muito importante que administração saiba como a cidade se encontra atualmente. “Os imóveis e as ruas passam por muitas mudanças que a prefeitura tem que saber. Aqui em casa, antes era um imóvel, hoje são três e duas delas são de alvenaria”, disse a professora.
O trabalho técnico é realizado por uma empresa contratada pela prefeitura, via processo licitatório. O coordenador de cadastro da empresa, Daniel Silva, afirma que trabalho detectou uma desatualização de 35% no cadastro imobiliário do município.
“A configuração espacial da cidade sofreu muitas mudanças. Com o mapeamento por foto aérea, identificamos novas construções onde, há anos, só havia terreno; o surgimento e expansão de ruas e bairros; além de outras alterações que não estavam inseridas no cadastro da Prefeitura”, detalha o engenheiro agrimensor.
As informações levantadas estão sendo armazenadas em um moderno sistema de dados que permite a visualização precisa e em três dimensões das alterações espaciais e imobiliárias sofridas pela cidade desde o último levantamento, há 16 anos.
Texto: Jaqueline Ferreira
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								