Casos de dengue em Belém tiveram redução de 40% no mês de maio

Ações municipais de combate à denguel reduzem os índices da doença em Belém. No mês de maio a Secretaria Municipal de Saúde registrou uma redução de 40% nos casos confirmados de dengue, em relação ao mês de abril, que já havia registrado queda de 59% em relação ao mês de março. Em maio, foram notificados 155 casos suspeitos, sendo 56 confirmados para dengue e um para dengue com sinais de alarme, 65 ainda em investigação e 34 descartados.

O 3º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) também apresentou redução do Índice de Infestação Predial em Belém, que caiu de 3,6% para 2,3%, mas ainda deixa o município em estado de alerta, conforme as Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue.

A pesquisa do 3º LIRAa foi realizada de 18 a 22 de maio e é uma metodologia recomendada pelo Ministério da Saúde para determinar o Índice de Infestação Predial (IIP) e identificar as áreas prioritárias para medidas e ações estratégicas de controle e combate ao mosquito vetor da dengue e chikungunya.

Segundo a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Orliuda Bezerra, a redução acompanha a diminuição das chuvas e deve-se também ao intenso trabalho realizado pela Secretaria que realiza constantemente orientações para a população quanto à procura das Unidades Municipais de Saúde em caso de suspeição da doença. Outras ações determinantes realizadas pela Sesma para o controle da doença são a elaboração e execução do Plano Municipal de Contigência da Dengue e Chikungunya, e a educação permanente das equipes de saúde da rede pública e privada.

“Apesar da redução, ainda classificamos o momento como de intensificação e alerta para evitar o aparecimento de novos casos. Estamos com a equipe nas ruas orientando a população como suspeitar de casos de dengue, chikungunya e zika, pois os três vírus têm o mesmo vetor de transmissão, que é o mosquito aedes aegypti. Orientamos também sobre as providências a serem tomadas, como a busca de possíveis criadouros do mosquito. Neste trabalho, precisamos do apoio da população para evitar atitudes que permitam a proliferação do vetor da doença”, alerta Orliuda.

De acordo com o 3º LIRAa, os principais criadouros de mosquito encontrados foram vasos, frascos com água, recipiente de degelo (atrás da geladeira), bebedouros, fontes ornamentais e aquários sem peixes larvófagos (que se alimentam de larvas, lixo, vasilhas plásticas e/ou descartáveis, garrafas e latas, sucatas, ferro velho e depósitos fixos (tanques em obras, borracharias, calhas, lajes e outros).

O coordenador da Divisão de Controle de Endemias da Sesma, David Aurélio, explica que a secretaria tem realizado controle químico em áreas com casos confirmados, aplicação do Aero System em domicílios quando necessário, vistoria em residências pelos Agentes de Controle de Endemias e atividades de educação em saúde, além da contratação de mais de 600 ACEs para reforçar as medidas de controle.

“Essas ações estão ocorrendo com prioridade nos bairros do Guamá, Marco, Pedreira, Sacramenta, Tapanã, Umarizal e Telégrafo, que registram maior incidência da doença. A tendência é continuar a redução da transmissão com a chegada do verão, mas as medidas de prevenção devem ser mantidas durante todo o ano”, diz David.

Em caso de presença em abundância de mosquitos ou casos suspeitos de dengue e chikungunya, a população deve ligar para o Disque Endemias, no telefone 3344-2466. Durante o contato telefônico, o denunciante receberá a orientação necessária e deverá informar o endereço, com o perímetro correto, a fim de que uma equipe de controle de endemias seja encaminhada até o local.

Texto: Paula Barbosa

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