Trabalho da PMB no beneficiamento do açaí é destaque na XII Fipa

A atuação do Departamento de Vigilância Sanitária de Belém (Devisa) na implantação das boas práticas nos estabelecimentos de açaí foi destaque na tarde desta sexta-feira, 08, na XII Feira da Indústria do Pará (Fipa). O Devisa, por meio da equipe de monitoramento da qualidade de açaí, participou da roda de conversa “Saiba como regularizar o seu negócio – Beneficiamento do açaí”, que reuniu profissionais do setor, estudiosos da cadeia produtiva do açaí e representantes de órgão públicos estaduais e federais.

A médica veterinária Stela Avelar, que coordena o monitoramento da qualidade do açaí artesanal em Belém pelo Devisa, explicou aos presentes o trabalho desenvolvido para as boas práticas de higiene e os investimentos no setor. “A atual gestão tem investido significativamente no açaí. Em breve, teremos a ‘Casa do Açaí’, que virá com a missão de agregar todos os serviços para levar a cada dia um produto de qualidade para a mesa dos belenenses”, informou.

Stela mostrou aos presentes que o Devisa realiza fiscalizações diárias em pontos de venda do fruto, promove, em parceria com a Vigilância Sanitária estadual, a capacitação dos batedores interessados na licença de funcionamento, bem como a orienta sobre a técnica de branqueamento para evitar a proliferação de microrganismos, como Salmonella sp, coliformes fecais e Trypanossoma cruzi, causador da doença de chagas.

O Devisa também disponibiliza um engenheiro para ajudar os batedores a adequar seus estabelecimentos à legislação. “Nós também temos atuando junto com a Secretaria Municipal de Economia na elaboração dos projetos de feiras e mercados para adequação também destes espaços”, explicou.

Stela também abordou a entrega do selo de qualidade do açaí, “Açaí Bom”. Atualmente, 43 estabelecimentos têm o selo, que já virou uma referência para a população de que o batedor de açaí está cumprindo as boas práticas de manipulação. Logo, o produto comprado está dentro dos padrões da vigilância sanitária, uma vez que o selo só é concedido aos estabelecimentos que tiverem a licença de funcionamento e atenderem ao Decreto Estadual 326/2012, que estabelece requisitos higiênico-sanitários para a manipulação do açaí, como o branqueamento.

“O selo é o ápice de um trabalho que está sendo feito desde 2007, quando o município de Belém foi o primeiro a fiscalizar os estabelecimentos de açaí artesanal. Nós já fazemos mais do que a legislação estadual preconiza”, ressaltou.

O trabalho realizado em Belém foi elogiado pelos presentes e está sendo usado como referência para outros municípios. Para Dorilea Pantoja, da Vigilância Sanitária Estadual, o trabalho de Belém é muito bom, principalmente porque a equipe desenvolve parcerias com outros órgãos, como Ministério Público, Secretaria Municipal de Economia, Secretarias de Estado de Desenvolvimento de Agricultura (Sedap) e de Saúde Pública (Sespa), Laboratório Central (Lacen), Sebrae e Associação dos Batedores de Açaí (Avabel). “A parceria é muito importante porque queremos que saia um produto de qualidade para a mesa da população. Isso também é promover saúde”, frisou.

Texto: Paula Barbosa

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