Em Belém, o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, comemorado na quarta-feira, 03, foi marcado por um evento que se dedicou a celebrar as conquistas e buscar a valorização da pessoa com deficiência. O Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes (Crie), vinculado à Secretaria Municipal de Educação (Semec), proporcionou ao público em geral oficinas de braile, libras, circuito sensorial, palestras e oficinas, tudo oferecido de forma gratuita na sede do Centro. Simultaneamente, em 40 escolas municipais alunos com e sem deficiência se uniram para participar da aula da diversidade.
Pais, professores e profissionais da área aproveitaram o dia para ampliar os seus conhecimentos. “Foi um momento muito importante pra mim. Acho que sempre devemos conhecer mais sobre a deficiência, pra ajudar da forma correta. Agora eu sei melhor como o Centro funciona e de que maneira eu posso buscar auxílio. Acredito que quando a família caminha junto com a escola, o desenvolvimento é melhor”, disse Andréa Maciel, mãe da aluna Maria Clara, de seis anos, que tem suspeita da Síndrome de Asperger, que é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), resultante de uma desordem genética, e que apresenta muitas semelhanças com relação ao autismo.
Na Escola Municipal Francisco Nunes, localizada no bairro do Guamá, durante toda a semana, os alunos fizeram a leitura do livro “Na minha escola todo mundo é igual”. Como resultado do trabalho, vários desenhos e poesias foram construídos pelos próprios estudantes e expostos nos espaços da escola. “As pessoas com deficiência não são diferentes da gente, elas devem ter o mesmo carinho, o mesmo amor e o respeito que a gente tem. Isso que tentei demostrar no meu desenho”, disse o aluno Derick Lima, de dez anos.
No âmbito escolar, a inclusão é a lição número um. Na turma do segundo ano do Ensino Fundamental, o aluno Emanoel Peres Dias é o destaque da classe. Emanoel tem nove anos e é portador de paralisia cerebral. A disputa saudável dentro da sala é para conhecer quem irá sentar ao lado dele. “Essa inclusão é muito boa porque eles estão todos juntos, o que na minha época não existia. O que eu vejo é que todos os alunos querem ajudar o Emanoel, eles são solidários e gostam verdadeiramente dele”, afirmou a professora da sala regular, Carla Passos.
O Crie realiza durante todo o ano o atendimento educacional especializado com os alunos com deficiência, seja ela física, intelectual, visual ou auditiva, com uma equipe multiprofissional formada por psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, entre outros. Para os professores, formações são oferecidas como forma de qualificação e atualização de conteúdos. O objetivo é fazer com que os alunos alcancem um desenvolvimento maior, dentro de cada limitação.
“A nossa missão, enquanto integrantes do Centro de Referência é propiciar a inclusão social e educacional, prezando também a saúde dos alunos. É fazer com que esse estudante aprimore suas habilidades e competências, respeitando a sua limitação individual”, afirmou a coordenadora do Crie, Denise Costa.
Texto: Aline Saavedra
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								