Perna de pau, Boi Bumbá, Iara, Matinta Pereira, todos os personagens da cultura amazônica foram representados na manhã da última segunda-feira, 23, durante o I Arrastão da Inclusão. O evento contou com aparticipação de alunos com e sem deficiência atendidos pela rede municipal de ensino foi realizado pelo Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes (CRIE), vinculado a Secretaria Municipal de Educação. Alunos, pais, além do público em geral percorreram as travessas ao redor do Centro, localizado na Avenida Gentil Bittencourt, com muitas cores, brilhos e sons.
A iniciativa visa proporcionar aos alunos e às famílias vivenciarem as datas comemorativas presente no calendário. Durante o cortejo, os alunos cantaram e dançaram aos sons típicos da quadra junina. O grupo de percussão do Propaz animou a festa entoando o carimbó, quadrilhas e músicas de roda.
“Todos os eventos que nós participamos do CRIE são ótimos. Em todos a alegria é contagiante, é a verdadeira inclusão. É muito importante pro meu filho momentos como este, é quando ele começa a compreender que existe natal, carnaval e agora a festa junina”, disse Luciana Pimenta, mãe do aluno de 6 anos, Lucas Pimenta que é autista.
Estudantes das Escolas Municipais Almerindo Trindade, na Pedreira, República de Portugal, na Marambaia, Ernestina Rodrigues e Benvinda de França, em São Bráz e Rotary, localizada no Guamá, integram o Programa de Artes Cênicas, Expressão e Inclusão, que trabalha as oficinas de teatro e dança. Os alunos deram um brilho a mais no cortejo com apresentações culturais lembrando o Carimbó e lendas típicas da Amazônia, como o Boto e a Matinta Pereira, por exemplo.
A professora responsável pelo Programa de Artes Cênicas, Expressão e Inclusão, Suzane Pereira, ressaltou a importância do arrastão cultural para o aprendizado dos alunos. “As atividades desenvolvidas pelo programa envolve alunos com deficiência, e as ações ocorrem permanentemente. Hoje, no arrastão, temos alunos surdos, cadeirantes, deficientes visuais socializando um com os outros, e isso é muito bom”, avaliou.
Coordenadora do CRIE, Denise Costa, chama a atenção para que a sociedade participe também de momentos inclusivos como este. “O arrastão é pra que todos da sociedade possam perceber que as pessoas com deficiência também podem e devem participar desses momentos. Confraternizar com outros alunos com ou sem deficiência os permitem se desenvolver muito melhor”, afirmou.
Texto: Aline Saavedra
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								