Com o objetivo de capacitar multiplicadores para identificar e intervir na questão da violência, fortalecendo o atendimento integral às crianças e adolescentes em situação de violência o Núcleo de Promoção à Saúde e Coordenação da Referência Técnica de Morbimortalidade por Acidentes e Violências da Referência Técnica Saúde da Criança e do Adolescente da Secretaria Municipal de Saúde, realizou o I Encontro da Rede de Saúde com os Conselhos Tutelares de Belém,na tarde desta quarta-feira,28.
De acordo com a coordenadora da Referência Técnica de Morbimortalidade, Maísa Moreira, dentro da área da saúde existe uma ficha de notificação de violência, que é padronizada no Ministério da Saúde e essa ficha precisa ser preenchida pelos profissionais de saúde. “Se esse profissional identificou de alguma forma a violência contra a criança e o adolescente é obrigatório que ele preencha essa ficha e encaminhe a cópia para o conselho tutelar”, explicou a coordenadora, frisando ainda que no Estatuto da Criança e do Adolescente existe esse fluxo. “A proposta da reunião de hoje é que os profissionais da saúde saibam que existe essa ficha que a gente vem trabalhando desde 2009, mas como sempre entram novos profissionais, nós temos a preocupação de fazer esses encontros, orientando de que forma se identifica casos de violência contra essas crianças e adolescentes”, ressaltou.
Conselheiros Tutelares, assistente sociais,psicólogos e enfermeiros foram o público-alvo da programação,que constou de uma mesa redonda sobre o papel da saúde e do conselho tutelar na prevenção da violência contra a criança e o adolescente, saúde e morbimortalidade além da apresentação do Conselho Municipal de Saúde.
O Coordenador da Escola de Conselhos da Universidade Federal do Pará, Salomão Hage, proferiu palestra com discussão e propostas de integração. “É necessário que os profissionais da saúde conheçam o papel do conselho tutelar, porque nós precisamos proteger a criança e o adolescente de todas essas violências”, afirmou.
A enfermeira da Estratégia Saúde da Família Riacho Doce, Kátia Sobrinho, acredita que esse tipo de encontro é importante para reciclar o profissional e enfatizar a importância dos cuidados com a criança e adolescente. “A minha área é vermelha, e as crianças e adolescentes vivem em condições precárias. Os profissionais da saúde precisam estar atentos para ver de que forma ele deve agir quando se deparar com situações de violência”, declarou.
Segundo Maisa Moreira, os profissionais da saúde também precisam saber e conhecer qual o Conselho està atrelado àquela Unidade de Saúde. “É uma proposta que tanto as Unidades de Saúde quanto as Estratégias chame o Conselho Tutelar para integrar as ações, porque o objetivo final é a criança, para que ela saia dessa cena de violência em que vive”, concluiu.
Texto: Kezia Carvalho
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								