Projeto de Horta Escolar chega a escolas das ilhas de Belém

Apresentações culturais, danças, músicas, peças teatrais e muitas informações nutricionais marcaram o lançamento do Projeto Educando com a Horta Escolar e a Gastronomia na Escola Municipal Milton Monte, na ilha do Combu, na manhã deste sábado, 24. O principal objetivo da ação é fazer uso da horta escolar de forma pedagógica e promover mudanças na cultura alimentar da criança e da comunidade de dentro e do entorno das escolas.

Realizado pela Fundação Municipal de Assistência ao Estudante (Fmae) em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, o projeto Educando com a Horta Escolar já é desenvolvido em escolas da área urbana de Belém e agora chega aos alunos das Unidades Pedagógicas Nazaré, São José, Navegantes, Combu, Santo Antônio e Escola Municipal Milton Monte. A meta levar a iniciativa a todas as unidades educacionais do município.

No projeto, os estudantes são estimulados a cuidar e lidar com a horta, descobrindo, na prática, a importância e cultivo dos alimentos que serão usados na merenda escolar.

Antes do lançamento, professores, coordenadores e manipuladoras de alimentos passaram por preparação para trabalhar o projeto com os alunos. Cada escola recebeu um kit contendo todos os utensílios necessários para a construção da horta, como sementes, carro de mão e mangueira.

Para a Secretaria de Educação Municipal, Rosinéli Guerreiro Salame, além de trazer mais saúde aos alunos, a construção de hortas pode trazer benefícios financeiros às famílias. “É um projeto excelente que vai melhorar não somente a alimentação, mas também o aprendizado. É uma possibilidade também, das famílias terem uma renda extra ao cultivar e vender essas hortaliças”, afirmou.

Ainda de acordo com a titular da Semec, a experiência com hortas já obteve sucesso em escolas de todo o país, o que gera grande expectativa para os educadores da capital paraense. “As crianças já têm um olhar de valorização para a floresta e também da importância de uma alimentação saudável para evitar várias doenças, como a obesidade infantil, hipertensão e a diabetes, todas relacionadas a má alimentação”, destacou o presidente da Fmae, Walmir Nogueira.

Os alunos aprovaram a novidade. “Eu não gostava de jerimum e agora já comei a comer. É até gostoso e tem muita vitamina A”, comentou a aluna Flávia Cunha, do 4º ano na Unidade Pedagógica do Combu.

Para as mães, a difícil rotina do “não quero” e “não gosto”, começa a ficar para trás. “Meu filho antes não comia nada. Hoje, aos poucos, ele já vai comendo uma alface, um repolho… E isso ajuda muito”, comemorou a dona de casa, Fátima Batista.

Texto: Aline Saavedra

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