Profissionais de saúde de Belém recebem conhecimento de prática milenar da medicina chinesa

“Para mim o maior benefício é poder ajudar na qualidade de vida dos nossos pacientes. Sem contar que isso valoriza o nosso currículo e nos aprimora enquanto profissionais”.

Assim a enfermeira Tatiane Saraiva, 43 anos, avalia sua participação no Curso de Auriculoterapia promovido, nesta quinta-feira, 24, pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A ação faz parte do processo de implantação das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) no município. Durante todo o dia, no Mercado Francisco Bolonha, no Complexo do Ver-o-Peso, 100 profissionais das unidades que compõem a rede municipal conhecem a técnica milenar da medicina tradicional chinesa, para aplicá-la junto aos pacientes acolhidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), hospitais e demais espaços de atendimento do município.

Qualificação – “É uma ótima iniciativa da Sesma, que só nos fortalece como trabalhdores da atenção básica, pois ganhamos outras perspectivas de acolhimento para oferecer ao paciente. É uma forma, também, de auxiliar os médicos e demais profissionais a melhorar a qualidade de vida de quem procura as nossas unidades. Ao mesmo tempo, adquirimos conhecimento, pois vamos naturalmente querer aprender mais para oferecer a melhor assistência”, reforça Tatiane Saraiva.

O coordenador de Pics na Sesma, Rafael Ribeiro, explica que, com o curso, Prefeitura de Belém e UFSC firmam parceria para implantar um polo de formação em práticas integrativas na região Norte. “Focamos na educação permanente, que é a valorização do nosso servidor. Com isso, qualificamos os atendimentos que eles oferecem ao paciente”, diz.

Alternativas – Belém iniciou, no ano passado, a implantação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), que preconiza o uso de 29 Pics na rede pública de saúde.

São recursos terapêuticos que buscam a prevenção de doenças e a recuperação da saúde, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade.

Atualmente, 17 Pics já estão implantadas na rede municipal de saúde. A auriculoterapia é uma delas. “Essa técnica tem inúmeras possibilidades terapêuticas, principalmente com o manejo de dor e ansiedade, que são os agravos maiores que temos hoje, muito em função da pandemia”, detalha Rafael.

Para qualificar a oferta desse serviço, o município investe na capacitação dos profissionais. “Este ano, entramos no processo de fortalecimento e regulação da PNPIC na atenção primária. Com este curso, ganhamos 100 auriculoterapeutas na rede, aptos a manejar dor, ansiedade e todos os processos que envolvem os agravos físicos, mentais e energéticos do indivíduo”.

Auriculoterapia ou auriculopunctura – Trata-se de uma forma de medicina alternativa baseada na ideia de que o pavilhão auditivo da orelha, ou aurícula, é um microssistema em que todo o corpo é representado por um mapa. O estímulo desses pontos com o uso de agulhas produz benefícios para a saúde física e mental.

Texto: Luiz Carlos Santos

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