Em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril, a Fundação Escola Bosque realizou nesta segunda-feira, 11, uma programação voltada para as turmas que têm alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O objetivo da iniciativa é a conscientização dos estudantes sobre a importância de entender o que é o autismo e a partir daí promover e facilitar a inclusão e as relações interpessoais entre os alunos.
“Foi muito interessante. Aprendemos sobre o autismo e sobre não excluir as pessoas, porque isso é muito ruim”, disse a aluna Ana Caroline Silva, 14, que cursa o 9º ano na Escola Bosque.
A manhã de atividades começou no auditório da escola com uma palestra informativa e exibição de vídeos e slides sobre o Transtorno do Espectro Autista.
Em seguida, houve apresentação de alunos com autismo, que fizeram leituras para o público. A programação teve ainda atividades de leitura e criação de frases para a “árvore da conscientização” instalada no espaço para incentivar as manifestações dos estudantes sobre o tema.
A professora Nazaré Araújo, que atua no Atendimento Educacional Especializado (AEE) da Funbosque, destacou a importância da inclusão e do respeito entre os alunos.
“Todo dia é dia de nos conscientizarmos do respeito, cuidado, do amor ao próximo. Com o aluno autista, que faz parte do nosso cotidiano, temos que ter esse cuidado e saber que eles são pessoas capazes, com habilidades, que precisam do nosso apoio”, declarou.
O autismo não tem causa definida. É um transtorno que provoca atraso no desenvolvimento infantil, comprometendo principalmente sua socialização, comunicação e imaginação. Manifesta-se até os três anos de idade e ocorre quatro vezes mais em meninos do que em meninas. Algumas características são bem gerais e marcantes, como a tendência ao isolamento, a ausência de movimento antecipatório, as dificuldades na comunicação e as alterações na linguagem.
Para Maria das Graças Couto mãe do aluno Wesley Negrão, que é autista, a programação foi muito válida. “Os autistas se sentem excluídos mesmo, e depois de uma palestra como essa, envolvendo todos os alunos, tenho certeza que muitos vão ter essa conscientização para não fazerem eles sofrer, não machucarem eles com gestos, palavras e exclusão. É esse o caminho que temos que trilhar, de inclusão e respeito”.
“Muitas pessoas não conhecem a dificuldade que os autistas às vezes têm de chegar perto do amiguinho, de conversar. E como esses amigos não sabem, acabam muitas vezes excluindo. Então a palestra foi muito importante e achei proveitosa principalmente para aqueles que não são autistas saberem como lidar”, reforça Alessandra de Souza, mãe do aluno Diego de Souza, que tem autismo.
Texto: Jeorgia Salum
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								