Moradores do Telégrafo comemoram início das obras do residencial Neuton Miranda, após sete anos de luta

"Pra mim tá sendo um sonho realizado ver as obras da nossa casa. Foram muito anos de luta e eu nunca perdi a esperança que ia voltar pra minha casa", contou a dona de casa Regiane Costa Moraes, 40, que estava feliz ao ver o início das obras do Residencial Neuton Miranda, localizado na Rodovia Arthur Bernades.

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, visitou, nesta quinta-feira, 05, a área e conversou com os futuros moradores."Eu tô muito emocionado. O mais importante é que as pessoas saibam que essa obra tem alma. Foram anos de luta e quero parabenizar vocês por não terem desistido", ressaltou o prefeito.

Segundo relatos dos moradores, foram mais de sete anos de luta com a gestão municipal passada, para garantir, pelo menos, o início das obras no local.

Projeto estava abandonado – A Prefeitura de Belém assinou o contrato para a construção do Residencial Neuton Miranda em 2011 e as obras foran iniciadas em 2014. Mas a empresa responsável identificou falhas no projeto de engenharia e paralisou os serviços. Não houve correção e o projeto ficou abandonado até o ano passado.

Por quase uma década, a comunidade viveu a angústia de não saber quando ocorreria a retomada do construção do residencial. "Eu fico emocionada de ver. Porque meus vizinhos e amigos falavam que isso aqui não ia sair. Primeiro lugar quero agradecer a Deus e segundo lugar quero agradecer ao nosso prefeito de Belém, porque se não fosse ele esse sonho não ia ser realizado", disse a dona de casa Rejane Costa, com os olhos marejados.

Negociação – A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), passou o período de um ano em negociação para garantir a execução dos serviços. De acordo com Sehab, após dez anos depois da assinatura do contrato e sem qualquer avanço na obra, o Ministério do Desenvolvimento Regional, responsável pelos recursos, anunciou a suspensão do projeto e a obrigatoriedade de devolução dos investimentos realizados.

Mas a gestão do prefeito Edmilson Rodrigues assumiu o compromisso, para desenvolver o novo projeto e aplicação de recursos municipais, para garantir a construção das unidades habitacionais.

Fiscalização – O prefeito de Belém lembrou que todo o processo de construção do Residencial Neuton Miranda terá uma Comissão de Fiscalização de Obras e Serviços (Cofis).

"Aqui tem conselheiros do Tá Selado, e terá a escolha para comissão do Cofis, para o povo acompanhar as obras. Depois da obra vamos montar um condomínio participativo", detalhou o prefeito.

Recurso – O valor total da obra é de R$ 17.981.171,53. Serão aplicados R$ 9.550.861,33 pelo Governo Federal e R$ 8.430.290,40 pela Prefeitura de Belém. O novo projeto prevê a colocação de lajotas e cerâmicas na parte interna do empreendimento. No antigo projeto não havia este serviço.

"O prefeito visita hoje uma obra que estava paralisada há quase dez anos e que famílias estavam esperando esse momento. Foi um processo muito árduo de negociação com a Caixa Econômica Federal e com Ministério do Desenvolvimento Regional, mas sempre com muito otimismo e esperança de garantir moradia digna para a população", destacou o titular da Sehab, Rodrigo Moraes.

A esperança da nova casa – A dona de casa Ângela Maria Pantoja, 59 anos, morou há 13 anos no local das obras. Ela lembrou que não havia saneamento e as casas não tinham condições de moradia, por isso tratava-se de um espaço propício para surgimento de doenças.

"Eu tô muito feliz. Eu rezo muito a Deus que abençõe esse espaço pra a gente morar definitivamente. Porque viver de aluguel não é como a nossa casa. É muito ruim aluguel. Eu deixei a minha casa em 2015,pois passei por um transtorno", revelou a dona de casa, que mora com o esposo, a filha e a neta.

Emocionada, a dona de casa Marilene Ferreira, 40 anos, disse estar feliz em ver o início do sonho em construção. Segundo ela, são sete anos vivendo em uma casa alugada, no bairro da Pratinha.

"É uma alegria muito grande. É a realização de um sonho esperado. Nós pedimos muito o início dessas obras. A nossa persistência foi ouvida. Muita gente precisa de um lugar pra morar".

"Pra mim é uma alegria, depois de mais de sete anos, o sonho vai ser realizado", afirmou a dona de casa, Ivonete Santos, 54.

Texto: Joyce Assunção

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