O distrito de Mosqueiro registrou alta no número de atendimentos, nesta quarta-feira, 4, último dia do prazo para regularização de cadastro e pendências junto à Justiça Eleitoral.

A estimativa do coordenador do posto de atendimento, localizado na praça da Matriz, Raimundo Almeida, é que mais de três mil eleitores tenham se regularizado com serviços de primeiro título eleitoral, transferências e outras demandas.

O distrito de Mosqueiro abrange os eleitores da 30ª zona eleitoral cujo, os cartórios ficam localizados em Belém e Icoaraci. “Graças ao apoio da Prefeitura de Belém, nós conseguimos reabrir o posto de atendimento e regularizar a situação dos eleitores de Mosqueiro”, destacou o coordenador.

A parceria entre a Prefeitura de Belém, por meio da Agência Distrital de Mosqueiro, e o Tribunal Regional Eleitoral ocorreu no início do ano. O posto de atendimento reabriu o serviço no final de janeiro e não parou mais.

Segundo Raimundo Almeida, a medida foi fundamental para a retomada dos trabalhos presenciais e porque a Justiça Eleitoral tinha conhecimento da demanda de eleitores que aguardavam pela regularização.

Eleitores – A demanda impactada foi gerada distância entre Mosqueiro e Belém e Icoaraci, custo das passagens de ônibus e a pandemia da covid-19. “Acho que todo mundo saiu ganhando com essa reabertura do posto de atendimento, principalmente os eleitores mais carentes que não tinham como pagar passagens para Belém ou Icoaraci”, destacou.

“Ainda bem que foi resolvido e melhorou muito para todos nós moradores de Mosqueiro”, disse a dona de casa Graça Teles Fonseca, mãe do jovem Mateus Teles, de 20 anos, deficiente visual.

O jovem votará pela primeira vez. “A juventude precisa estar envolvida no processo eleitoral para lutar por mais direitos, representatividade e cidadania”, disse. O rapaz tem ensino médio completo e segue estudando inglês.

Outro estudante que votará pela primeira vez é Lucas Gabriel Nunes, de 16 anos. Ele é aluno da Escola Honorato Filgueiras, no bairro do Maracajá.

Ele defende a importância do voto. “Acho que o voto deveria ser ensinado na escola, para que o jovem soubesse diferenciar entre promessas e políticas públicas verdadeiras”, disse. “Eu vou votar pela juventude”, completou.

Resistência – Para Manoel de Matos Monteiro, de 78 anos, morador do assentamento Paulo Fonteles, zona rural de Mosqueiro, o voto não é mais obrigatório, porém, ele faz questão de participar.

“Meu voto é pela resistência e por políticas públicas que possam melhorar a vida da pessoa idosa”, disse ele, que foi ao posto de atendimento só para verificar se o título estava normalizado. “Tá tudo certo”, completou.

Outra moradora do assentamento Paulo Fonteles, é a aposentada Adolfa Duarte, de 78 anos. Ela conta que sempre votou e não quer ficar fora das eleições deste ano. “Quero votar até quando estiver com saúde, eu quero votar”, enfatizou.

Correria – No último dia do prazo para regularização de cadastro junto à Justiça Eleitoral muita gente acordou cedo, em Mosqueiro. O posto abriu às 8h e, até por volta das 12h, mais de 200 atendimentos já haviam sido realizados.

A rapidez do sistema ajudou os eleitores. A média de tempo era de 20 minutos. Na última segunda-feira, 3, o posto registrou 362 atendimentos e a previsão era repetir esse número.

Segundo Raimundo Almeida, o TRE ainda fez duas ações itinerantes nos bairros da Baía do Sol e do Furo das Marinhas com participação alta de eleitores.

O distrito de Mosqueiro deve fechar o prazo final do cadastro eleitoral 2022 com mais de 3 mil eleitores parciais. Os números finais só serão divulgados após o fechamento completo do prazo, que vai até a meia-noite desta quarta-feira, 4.

Texto: Selma Amaral