Para celebrar o Dia da Consciência Negra, comemorado neste sábado, 20 de novembro, uma extensa programação faz parte do Novembro da Consciência Negra, promovido pela Prefeitura de Belém, envolvendo órgãos municipais e parceiros de outras esferas públicas.
O empresário Edson Júnior aproveitou a oportunidade para mostrar e oferecer um pouco da moda afro-amazônica na ecofeira. "Estamos com roupas afro-amazônicas que possuem tecidos africanos e personalizados, trazendo a identidade. É sempre importante termos essa oportunidade e espaços para agregar a todos", comentou.
O vice-prefeito de Belém, Edilson Moura, participou da programação e ressaltou que a data deve ser lembrada todos os dias. "Essa programação serve de reflexão para combater o racismo, que é necessário combater todos dias, seja nas escolas, no trabalho e diversos setores".
A estudante Sofia Alves, de 18 anos, escolheu o Horto Municipal para passar a manhã de sábado e elogiou toda a ação. "É de extrema importância esse tipo de programação, pois dá a oportunidade aos pequenos empresários e grupos culturais que celebram os povos da matriz africana".
Temática étnico-racial
A Universidade Federal do Pará (UFPA) participou com o Projeto Cartografia da Cultura Afro-Brasileira e Indígena da Escola de Aplicação da instituição. Segundo a coordenadora do projeto, Antônia Brioso, o objetivo é mostrar um pouco do trabalho do projeto. "Estamos aqui no Horto trazendo a amostra de trabalho anual da temática étnico-racial, feita pelos nossos alunos da Escola de Aplicação".
Toda a programação foi realizada pela Coordenadoria Antirracista de Belém (Coant), Secretaria Municipal de Educação (Semec), Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma). A coordenadora Antirracista, Elza Rodrigues, destacou que a programação ofereceu diversas opções.
"Essa programação oferece diversas atrações culturais com forte identidade negra, falando sobre o combate do racismo nas escolas, conhecendo diversos projetos da UFPA", explicou.
"É uma programação importante, principalmente por marcar a data viva. Sabemos que, infelizmente, o Brasil é um país ainda estruturalmente racista, e precisamos, cada vez mais, empoderar as manifestações públicas de consciência, para superar o racismo de maneira definitiva", ressaltou Carlos Pires, que prestigiou o evento.
A expositora, Alessandra Marinho, participou da programação e, para ela, vai além da questão econômica. "É muito mais uma questão de luta, da gente ter oportunidade nesse momento e ter esse espaço para a feira do empreendedorismo dos militantes negros, para as atividade culturais também. Pra gente, é essa junção que dá visibilidade, espaço para as manifestações culturais negras, para o movimento de luta e resistência”, afirmou.
A programação ainda se estende ao longo da tarde e noite, com exposições e atrações culturais. Confira:
14h às 15h – Sarau de poesia com Roberta Tavares
16h – Desfile de moda afro – Grupo Focoyó
17h – Roda de capoeira de Angola – Associação Cultural Eu Sou Angoleiro e Instituto Bamburusema de Cultura Afro-Amazônica
18h – Apresentação de tambor de criola com o Grupo Filhos e Amigos do Cururupu
19h – Exibição de filmes:
– “Amador, Zélia” (produtora Floresta Urbana, 2021)
– “Samba de Cacete”(diretor André dos Santos, 2014)
– “Mata Cavalo” (diretor Jurandir Nunes, 2018).
Texto: Victor Miranda
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								