Projeto Ilhas do Saber é apresentado a alunos e familiares na Unidade Pedagógica Seringal

O projeto Ilhas do Saber foi apresentado durante um evento especial, nesta terça-feira, 07, na Unidade Pedagógica Seringal, da Fundação Escola Bosque (Funbosque), localizada na ilha de Cotijuba. O projeto tem como objetivo trazer a comunidade para dentro da escola, trazer as famílias para o ambiente escolar, para que trabalhem junto com as crianças.

De cunho pedagógico, o Ilhas do Saber foi proposto pela professora de ciências, Edilzane Correa, e tem participação de outros professores e da coordenação da Escola Bosque.

O projeto propõe a criação de uma horta, para atender as dificuldades que as unidades pedagógicas têm de organizar canteiros com as hortaliças. A intenção também é auxiliar os alunos na compreensão de que é possível plantar os próprios alimentos, para que eles entendam a importância do plantio e da alimentação saudável.

Plantar para colher o alimento – O estudante Lohan Tavares, do 8º ano da Unidade Pedagógica Faveira, ficou feliz com a chegada do projeto. “Foi muito legal. É um projeto diferente na nossa escola, é interessante pensar em plantar para poder colher nosso alimento. Ano que vem é nosso último ano na escola e espero que a gente já tenha a horta, porque vai ser como se a gente deixasse algo que a gente fez na escola. O que estamos plantando aqui na escola vai servir para o alimento dos alunos e também vai ajudar a comunidade”.

A horta é pensada tanto na questão das hortaliças e também das plantas medicinais, estas para fazer um resgate cultural, pois hoje muitos jovens não sabem quais as funções e importância dessas plantas.

Por isso, durante o evento desta terça-feira, foram plantadas chicórias, boldo, erva cidreira, capim santo, mastruz, estévia, pimentão, babosa, entre outras.

Incentivo ao cultivo – A dona de casa Lídia dos Santos, mãe da estudante Eloa dos Santos, aluna da Unidade Pedagógica Seringal, disse que o projeto é importante para os alunos porque vai incentivá-los a gostar de cultivar, colher o produto, que eles mesmo estão plantando. "Também incentiva as crianças a lidar com a terra. Dá pra ver que eles estão todos entusiasmados com a plantação. E para a comunidade também é muito bom, pois, quem sabe mais pra frente, podemos fazer uma horta em um outro lugar. É um sonho que pode se tornar realidade pra a gente”.

“Eu achei muito legal, gostei de pegar na terra e plantar as plantinhas. Depois elas já vão estar grandes e vou saber que eu plantei”, disse Eloá.

A técnica em meio ambiente, Crislane Lima, disse que a implantação da horta na unidade pedagógica do seringal vai ser importante. "Vai auxiliar tanto na merenda escolar dos alunos, como também na alimentação da comunidade que precisa desse suporte”, explicou

A idealizadora do projeto, professora Edilzane Correa, disse que o objetivo principal do projeto é trazer a família para dentro da escola, atribuindo valor às hortaliças na alimentação escolar e para a comunidade. "Porque, quando analisamos, verificamos que eles não têm o hábito de inserir algumas hortaliças, porque quando tem na escola eles não aceitam bem, então essa questão de mostrar para eles a importância".

A unidade pedagógica Seringal foi escolhida para dar início ao projeto, mas a ideia é levar a horta para todas as unidades pedagógicas.

Texto: Jeorgia Salum

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