Com uma abordagem lúdica e interativa, a Escola Municipal Alzira Pernambuco, localizada no Marco, promoveu na última sexta-feira, 10, um encontro entre estudantes municipais e os Centros de Ciência da Universidade Federal do Pará (UFPA): Centro Interativo de Ciência e Tecnologia da Amazônia (CICTA), Laboratório de Demonstrações (Labdemon), Museu Interativo da Física (Minf), e Núcleo de Astronomia (Nastro).
A intenção é, por meio de uma Mostra Científica, difundir e popularizar a ciência e a tecnologia entre os alunos. Os equipamentos apresentados fazem parte dos acervos do CICTA, Labdemon, Minf e Nastro.
De acordo com o professor de matemática, Benedito Machado, coordenador do ensino fundamental anos finais da Semec, muitos alunos municipais já visitaram estes Centros de Ciência da UFPA. Por exemplo, alguns alunos da Semec que participam das atividades do Nastro, vêm se destacando na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e em atividades organizadas em parceria com a Administração Nacional de Astronáutica e Espaço (Nasa), para a descoberta de asteróides.
"Com isso o professor Luís Carlos Bassalo Crispino, da UFPA, propôs uma cooperação com a secretária de Educação, Márcia Bittencourt, para fazermos a divulgação científica nas escolas do município. Estamos começando pela escola Alzira Pernambuco, mas em 2022 chegará para outras escolas, porque queremos despertar o interesse dos alunos pela ciência e dos professores em trabalhar o assunto em sala de aula. A ciência é fundamental na vida do cidadão, exemplo disso, é a vacinação contra a covid-19", informa Benedito.
O professor destaca que a escola tem essa finalidade de não só alfabetizar pelo letramento, mas também pela ciência. "Devemos despertar a curiosidade dos alunos e direcioná-los a um pensamento investigativo, ou seja, científico mais elaborado", acrescentou.
Para exemplificar a ciência aplicada ao dia a dia, o professor relata que "quando o aluno tem conhecimento científico, ele sabe que quando a água ferve e atinge 100 °C, basta baixar a chama que a temperatura se mantém e num momento em que o gás de cozinha está caro é uma forma de economizar", conclui.
Mostra- Os alunos conheceram, por exemplo, o Praxinoscópio precursor do cinema, que dá a impressão de movimento com a sucessão de imagens; o Gerador de Van de Graaff, que permite abordar eletrização por atrito, cargas elétricas, rigidez dielétrica; a Pilha de Volta, que permite entender o princípio de funcionamento das baterias; além de telescópios como o Coronado, estrela da mostra, que permite fazer observações seguras do sol. "É uma grande satisfação poder trazer estes equipamentos ao alcance dos estudantes da Semec, permitindo esta interação no próprio ambiente escolar destas crianças e jovens", destaca o professor Crispino.
A criançada ficou encantada com os experimentos científicos. E até estudantes de outras unidades foram prestigiar a atividade. "Desde que comecei a estudar sempre tive interesse por ciências o que me levou até a Astronomia. Não tenho certeza do porquê. Mas é tão fantástico uma coisa tão distante parecer tão próxima", disse Sofia Neves Almeida, de 11 anos, estudante do 6º ano, da EMEIF Walter Leite Caminha, localizada no Conjunto Catalina.
A estudante já participou da OBA, colecionando uma medalha de prata em 2018, duas de bronze em 2019 e 2020, e uma de ouro em 2021. Atualmente, Sofia faz parte do Nastro e recentemente encontrou seis asteróides certificados pela Nasa, agência do governo federal dos Estados Unidos.
Mais informações nos sites: Centro Interativo de Ciência e Tecnologia da Amazônia (CICTA)
Texto: Tábita Oliveira
