Para a batedora de açaí, Rosa Borges, ver uma placa de obra e os primeiros tubos chegarem na Passagem Camapu, no bairro do Jurunas em Belém, é uma luz no fim do túnel.
Ela conta que há mais de 12 anos os moradores enfrentam problema de alagamento na rua. "Agora, nós estamos com uma esperança de que saia a obra da nossa rua. A gente vive aqui à mercê. Táxi não quer entrar, a gente precisa de 192 e também não quer entrar e agora nós estamos vendo uma luz no fim do túnel. Nos deram um prazo e a placa tá lá na frente", afirma esperançosa.
A secretária municipal de Saneamento, Ivanise Gasparim, explica que a passagem Camapu foi uma das primeiras vias que visitou no início da gestão.
"Resolvemos fazer essa obra emergencial para responder essa demanda histórica, que estava há muitos anos trazendo sofrimento para essa comunidade. O governo municipal está trabalhando para melhorar a qualidade de vida das pessoas", acentua Gasparim.
Drenagem na Camapu deve ser concluída em um mês
A Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), recebeu a demanda da comunidade e necessitou de, pelo menos um mês, para realizar um projeto de engenharia e viabilizar a obra de drenagem, que precisou da autorização do proprietário de um porto localizado do outro lado da avenida Bernardo Sayão.
Segundo o diretor de Projetos da Sesan, Victor Ximenes, a obra que começou no dia 8 de setembro tem 112 metros de extensão e é complexa, porque o solo do local é fruto de aterro, onde existe vigas estruturais ao longo do caminho.
"A obra tem um prazo de um mês de execução e estamos fazendo de forma rápida para cumprir o prazo de vigência do contrato", explica.
Ximenes ressalta que a tubulação de concreto está sendo instalada no Porto Pindorama, vai atravessar a Bernardo Sayão e chegar até a Passagem Camapu.
O diretor especifica, que já está sendo feita a rede de drenagem, que vai escoar toda a água, interligando com a passagem Camapu.Isso vai fazer com que a água que hoje está aprisionada na Camapu seja escoada por meio do lançamento de drenagem que está sendo construído e chegue até o rio.
Esperança de dias melhores
Luiz Mauro é morador e trabalha como batedor de açaí na Passagem Camapu. Ele diz que a expectativa é de melhora nas vendas, quando as obras forem concluídas. "Com certeza, a venda do açaí vai melhorar porque quebrou muito depois dessa situação", afirma o morador.
O autônomo Cleiton Piedade, outro morador da Camapu, afirma que sua expectativa é ver os filhos andarem de bicicleta com o fim do alagamento na rua. "Eu creio que brevemente nós vamos ver a nossa rua seca, passarmos por meio dela. Não só eu, mas todos os moradores daqui e outras pessoas que andam só pelo canteiro da rua, estamos com fé em Deus que vai dar tudo certo".
O comerciante Francisco de Assis Carvalho, que mora há mais de 40 anos na passagem Camapu, foi até o Porto Pindorama nesta terça-feira, 21, para ver de perto o andamento das obras e se alegrou com o que viu. "A Comunidade vai ficar muito contente com a obra", disse entusiasmado o morador.
Já a vendedora Nádia Silva, que estava grávida da filha quando o alagamento da Camapu começou há 12 anos, não vê a hora de ter a rua de volta. "Eu comprei uma bicicleta para a minha filha e ainda está na caixa, essa nova gestão agora, a gente tá acreditando que vai acontecer e tenho fé em Deus que vai mudar nossa realidade", afirma.
Texto: Andrea Cunha
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								