Em alusão ao Dia Mundial de Combate ao Suicídio, comemorado nesta sexta-feira, 10, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) abriu oficialmente, em Belém, a programação do Setembro Amarelo, campanha de prevenção a esse mal que, segundo dados da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), acomete, por ano, 13 mil pessoas no Brasil e um milhão no mundo.
A abertura ocorreu com a Oficina de Sensibilização no Combate ao Suicídio com a Rede de Atenção à Saúde, Assistência, Segurança e Ministério Público, na Casa Mental de Mosqueiro.
Organizada pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Mosqueiro, em parceria com os demais setores que compõem a rede intersetorial de saúde mental – Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Ministério Público, Polícia Militar e Guarda Municipal –, a oficina foi voltada para profissionais que atuam nesse atendimento.
“Continuamos o mês com algumas oficinas e palestras nas UBS. Estamos fazendo esse alerta para a sociedade. O suicídio é uma situação que está mais próxima do que imaginamos. O objetivo é alcançar todos os integrantes da rede para saber como lidar com a situação e encaminhar isso para os CAPS. Essas unidades serão multiplicadores sobre nossos alertas, os mitos e verdades sobre o suicídio”, explicou a gerente do CAPS Mosqueiro, Neliza Trindade.
Rede integrada para atendimento e prevenção
Samantha Simões, que faz parte da Referência Técnica de Saúde Mental da Sesma, disse que a oficina foi um momento, também, de integração dos profissionais que fazem esse atendimento. “Pudemos articular um pouco mais os diferentes setores dessa rede de apoio às pessoas que estão passando por algum processo de sofrimento mais intenso ou apresentam comportamentos suicidas. Foi uma ação voltada à articulação de profissionais que lidam com o atendimento ao público”, assinalou.
Envolvimento – Para a psicóloga Ludmila Farias, do Hospital Geral de Mosqueiro, ter participado da oficina foi de fundamental importância para o trabalho de assistência ao paciente. “Não temos como fortalecer esse cuidado se toda rede não estiver envolvida, articulada e sensível a esse paciente que adentra cada espaço da rede de saúde mental. É um trabalho que aprimora o atendimento dessa pessoa que se encontra em sofrimento psíquico e precisa de cuidado”, frisou.
Neste domingo, 12, a programação será voltada ao público, na Praça da República. “Faremos uma ação voltada à comunidade, com práticas integrativas, como Reike, Auriculoterapia, danças circulares, terapia comunitária, roda de batuque com sarau, música e tenda para orientações com serviços da Sesma e Fundação Papa João XXIII (Funpapa)”, anuncia Samantha Simões. “Será um momento de levar informação à comunidade, assim como ofertar a possibilidade de práticas que promovem a saúde mental e, dessoa forma, previnem o suicídio”.
A programação do Setembro Amarelo tem caráter formativo e de conscientização, “para que possamos nos fortalecer enquanto comunidade e os profissionais possam ter um momento voltado para reflexão e formação para o acompanhamento mais adequado para as pessoas, que seja de acolhimento, empatia e uma escuta mais qualificada”, conclui Samantha.
Com informações de Milla Guerreiro
Texto: Luiz Carlos Santos
