Campanha contra preconceito atinge mais de quatro mil pessoas durante o verão

A Campanha “No verão da nossa gente não há espaço para preconceito”, realizada pela Secretaria Extraordinária de Cidadania e Direitos Humanos (SecDH) da Prefeitura de Belém, atingiu um público superior a quatro mil pessoas, até a manhã desta sexta-feira, 23, quando as ações em Mosqueiro foram encerradas.
O balanço parcial é do secretário Max Costa, que viu na campanha educativa uma forma direta de combater os diversos tipos de preconceito e ainda alertar as pessoas sobre os canais de denúncia dos casos mais evidentes como violência doméstica e trabalho infantil.
Em quatro semanas de trabalho a equipe da SecDH percorreu as praias de Mosqueiro, Outeiro, Cotijuba, trapiche de Icoaraci, terminal de embarque da praça Princesa Isabel, ilha do Combu e terminal rodoviário de Belém. “Deixamos nossa mensagem de que é possível realizar um verão sem preconceito, sem ofensas e que os canais para denunciar os casos de violação dos direitos humanos estão abertos para as pessoas”, destacou o secretário.
A campanha realizou abordagem direta ao público e ganhou grande receptividade. Um panfleto, contendo a relação dos órgãos públicos e respectivos telefones, é entregue ao público, que também é orientado a denunciar a situação. Na maioria dos casos, o público diz saber de ocorrências relevantes, mas que não denunciam por que não sabem como fazê-lo. A dona de casa Mayara Santos, 28, achou a campanha muito boa. Ela contou que já presenciou várias agressões contra mulheres, mas, infelizmente, não procurou a polícia com medo de represálias do agressor.
“A verdade é que a mulher sofre muita violência, mas a maioria fica calada e quem assiste, também não faz nada. Tomara que venham outras campanhas pra esclarecer nossos direitos e incentivar que todo mundo denuncie”, disse. “Fico feliz ao ver que o governo se preocupa com a gente”, completou a dona de casa, que está trabalhando como vendedora ambulante na praia do Chapéu Virado. “Até que está dando pra ganhar um dinheirinho extra”, completou ao receber o panfleto e um kit com álcool em gel e preservativos.
Infantil – A campanha da Secretaria Extraordinária de Direitos Humanos também se estende para os casos de combate ao trabalho infantil. Em Mosqueiro, as ações foram em parceria com a equipe técnica do Centro de Referência de Assistência Social (Creas/Marialva), para onde são encaminhados os casos identificados de trabalho infantil, e Agência Distrital (Admos).
Segundo o secretário Max Costa a campanha conseguiu identificar mais de vinte casos de trabalho infantil. A maioria de crianças e adolescentes em situação de vendas, desacompanhados de adulto ou responsável e expostos a outras diversas violações de direitos e riscos como exploração sexual, por exemplo. “A maioria busca renda para si ou para ajudar os pais que também se encontram em situação de extrema vulnerabilidade social”, destaca.
Os casos identificados são direcionados à rede social da Prefeitura de Belém, por meio de agendamento prévio da Fundação Papa João XXIII (Funpapa). “Estamos encerrando nossas ações em Mosqueiro, destacando que este foi um verão da tolerância, do combate ao preconceito e demonstrando através de campanhas educativas que é possível se divertir sem ofender o outro. Foi o verão da tolerância”, avalia o secretário. A campanha está na última semana e depois vai dar uma pausa para balanço e avaliação. Os pontos visitados foram Cotijuba, Outeiro, Mosqueiro, Combu, trapiche de Icoaraci, terminal hidroviário Rui Barata (Praça Princesa Isabel) e pontos de embarque para Mosqueiro e Outeiro, no terminal rodoviário de São Brás.

Serviços
SecDH – Avenida Pedro Miranda s/n – Aldeia Cabana de Cultura Amazônica – David Miguel – 1º andar (secdh@secdh.pmb.pa.gov.br)
Disque 181 para denunciar qualquer tipo de violência.

Texto: Selma Amaral

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