O Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia, lembrado neste 17 de maio, foi marcado por uma série de ações no Centro Cultural e Turístico Tancredo Neves (Centur), em Belém. O evento contou com apoio da Prefeitura de Belém, por meio da Coordenadoria da Diversidade Sexual (CDS), da sociedade civil e promoção do governo do Estado. Parcerias que fortalecem a luta contra a discriminação de gênero, sexual e de raça.
Olhar noturno – Em Belém, a Coordenadoria da Diversidade Sexual atua com políticas públicas e serviços de aconselhamento, encaminhamentos e projetos sociais como o “olhar noturno”, voltado para atender pessoas em situação de vulnerabilidade social. “A CDS tem vários projetos, e um que já está sendo executado é o olhar noturno, que atua com mulheres trans, travestis e profissionais da noite. É uma parceria com o Coletivo Sapato Preto, Conjove e Unicef”, destacou a coordenadora da CDS, Jane Patrícia.
No evento “Ação de Cidadania, Direitos Humanos e Cultura”, que teve como tema Cidadania e resistência para a nossa existência, a CDS atuou com apoio logístico e teve a participação da coordenadora adjunta Emilly Cassandra, como uma das palestrantes. “Fizemos essa parceria entre sociedade civil e o governo do Estado, que organizou esse momento maravilhoso. A CDS facilitou o acesso com um carro, para pessoas com dificuldade de locomoção vir buscar cestas básicas, tirar RG, enfim participar desse momento, que é de cidadania. A luta contra a LGBTfobia é todos os dias, lutamos pelos espaços, para estar viva, então ela é constante na luta por direitos e a CDS existe para isso.”
Para o gerente de Proteção à Livre Orientação Sexual (Glos) da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Rafael Carmo, a parceria é fundamental na luta por direitos. “É muito importante para as gestões envolvidas, tanto municipal quanto estadual, ouvir a demanda da população, porque o evento partiu dessa demanda. Todas essas ações vêm do diálogo com os movimentos sociais. Tentamos empoderar as pessoas, pois não é só no 17 de maio que a gente precisa fazer cobranças.”
Anastácia Marshelly aproveitou o evento para entrar com o processo de reconhecimento do nome social, uma conquista para pessoas transexuais e travestis. “Hoje, eu vim aqui ver a situação dos meus documentos pessoais. Agora, estou começando o processo de identificação com meu nome social, e isso vai me ajudar muito e, assim, posso ser respeitada. É o momento que sentimos que tem gente pela gente”. Na ação também foram ofertados serviços de emissões de RGs, testes para Covid-19 e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), distribuição de insumos de prevenção às ISTs, orientações médicas sobre a Covid-19, emissão da 2ª via de certidão de nascimento e de óbito, além de orientações jurídicas sobre como registrar um caso de LGBTfobia.
Texto: Madson Sousa
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								