Com o tema “Educação Socioemocional e a Arte de Contar Histórias e Mediar Leitura”, o Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares (Sismube) promoveu na tarde desta quinta-feira, 13, a segunda formação destinada a bibliotecários, professores de sala de leitura, professores que desenvolvem o projeto Baú das Histórias e da educação infantil que atuam na rede municipal de ensino. O encontro foi transmitido pelo canal do Núcleo de Informativa Educativa (Nied), pelo YouTube.
O Sismube integra a Secretaria Municipal de Educação (Semec) e possui 83 bibliotecas escolares, além do projeto itinerante “Baú das Histórias”. O evento quer que professores promovam o encontro do leitor com o livro desde a primeira infância, incluindo os alunos com deficiência. Para isso, a formação contou com a parceria do Centro de Referência em Inclusão Educacional (Crie), Gabriel Lima Mendes e da Coordenação da Educação Infantil.
A professora Sônia Santos, mediadora do encontro, informou que a formação é a primeira do Projeto Baú das Histórias que este ano trabalhará o tema “Práticas leitoras na perspectiva inclusiva”, com ações de leitura e propostas pedagógicas que problematizem e atendam as diferenças, a partir de uma educação inclusiva que ressignifique a multiplicidade do cotidiano escolar.
Na abertura, a secretária de Educação, Márcia Bittencourt, destacou que “A educação socioemocional e arte de contar história e mediar leitura é um processo que precisamos construir para tornar nossa cidade alfabetizada e educadora”, disse Márcia ao pedir que professores incentivem a leitura na escola e fora dela, apresentando a literatura étnico-racial, indígena e outros escritores paraenses.
Em seguida, a professora Tatiana Maia, coordenadora do Crie ressaltou a importância de práticas de leitura inclusivas entre elas a Língua Brasileira de Sinais (Libras), audiodescrição e outras. Os professores Aguinaldo Barros, cego, do programa “Nas tuas mãos” e Cleber Couto, surdo, do programa Bilingue, ambos do Crie também compartilharam suas experiências pessoais e profissionais no processo da leitura para estudantes com deficiência.
Palestra – A palestrante Ana Carla de Souza, de Embu-Guaçu, São Paulo, atualmente é coordenadora pedagógica da Fundação Julita, e assessora em Educação socioemocional, inclusão e Educação Infantil, explicou a importância do desenvolvimento emocional por meio das histórias.
“Dados das Organizações das Nações Unidas (ONU) revelam que um em quatro adultos, um em cada cinco crianças apresentam transtornos psicossociais. E pesquisas mostram que escolas têm no currículo a Educação sociemocional sistematizada apresentam adultos mais equilibrados, com mais empregabilidade, menos problemas com a justiça e interações sociais mais saudáveis”, disse Ana Carla ao pontuar que se deve trabalhar a autoconfiança, o gerenciamento das emoções, automotivação, empatia, o gerenciamento dos relacionamentos.
“Cada pessoa tem um ritmo de aprendizagem. Devemos pensar numa educação multissensorial que estimule todos os sentidos. Quando a gente fala de inclusão estamos falando de educação socioemocional, porque só é possível realizar um trabalho que seja inclusivo se conseguirmos construir um ambiente de empatia e cooperação”, conclui.
A professora de Educação Infantil, Ana Paula Freitas, de Embu-Guaçu, São Paulo, que atua em escolas e em diversos espaços que utltrapassam o ambiente escolar, busca despertar o interesse pela leitura, vivenciando o brincar e cantar, movimentando a criatividade e a ludicidade. Ela compartilhou sua prática de contar e mediar história.
“Contar história é como entregar um presenta para alguém. É importante conhecer a história, leia e explore as imagens, os sons, os cheiros e sensações. Prepare o público para a história com canções, parlendas. Comece a história situando o público e desenvolva a narrativa mantendo contato visual. E encerre a história mantendo o encantamento no ar”, explica ressaltando sobre a entonação, a ênfase, o ritmo, pausas e gestões que compõem a narração.
O encontro continua disponível no canal do Núcleo de Informativa Educativa (Nied), no YouTube.
Texto: Tábita Oliveira
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								