GT do Centenário Paulo Freire dá início ao debate sobre o Plano Municipal de Alfabetização

Com a proposta de tornar “Belém, cidade alfabetizada e educadora”, o Grupo de Trabalho (GT) do Centenário Paulo Freire se reuniu mais uma vez, nesta terça-feira, 11, para apresentar as ideias iniciais para a construção do Plano Municipal de Alfabetização. O encontro foi realizado pela plataforma Google Meet.

O centenário pretende tornar Belém, território livre do analfabetismo. Para isso, 25 instituições públicas e movimentos sociais estão abraçando a iniciativa da Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec). O GT é liderado pela professora Taíssa Barbosa, coordenadora da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai), da Semec, e tem ainda a participação do professor João Colares, docente da Universidade do Estado do Pará (UEPA), representando as universidades públicas e particulares; e a educadora popular Beatriz Luz, integrante do Movimento Sem Terra (MST), representando os movimentos sociais.

Durante a reunião foram compartilhadas as programações articuladas das instituições, alusivas ao centenário que valoriza os ensinamentos de Paulo Freire. A professora Taíssa Barbosa apresentou as ideias iniciais do Plano Municipal de Alfabetização de Jovens, Adultos e Idosos, para discutir novas propostas com as instituições, numa perspectiva de finalizar o documento até o fim do primeiro semestre.

“Temos 32 mil pessoas para alfabetizar em quatro anos e uma média de 8 mil por ano. Isso dá um total de 400 turmas por ano com duração de 5 meses”, disse Taíssa, para pontuar metas do Plano Municipal de Alfabetização, explicando, passo a passo, diretrizes metodológicas alfabetizadoras sem padronização e que inclui paralelamente a formação dos professores.

“A intenção é que os estudantes, que terminarem as turmas de alfabetização, possam seguir os estudos nas turmas da Educação de Jovens, Adultos e Idosos, na primeira totalidade, da Semec”, completa Taíssa, que ainda apresentará a iniciativa para o Conselho Municipal de Educação (CME).

De acordo com Taíssa Barbosa, o Plano Municipal de Alfabetização também vai buscar fazer uma brigada de mobilização, por meio da divulgação das turmas, em igrejas, centros comunitários, associação de moradores, bibliotecas comunitários, centros comunitários e outros. “Podemos estabelecer essa parceria também com a Sesma, fazendo a distribuição de óculos para os alfabetizandos.”

"Ainda no plano, há uma proposta de bolsa de custo para os estagiários voluntários, coordenadores e educadores da educação inclusiva. A ideia é dar o primeiro passo para a construção deste Plano Municipal de Alfabetização”, concluiu Taíssa.

As instuições parceiras são a Fundação Escola Bosque (Funbosque); Conselho Municipal de Educação de Belém (CME); Secretaria Extraordinária de Cidadania e Direitos Humanos; Coordenadoria de Combate ao Racismo; Coordenadoria da Mulher de Belém; Coordenadoria de Diversidade Sexual; Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel); Secretaria Municipal de Saúde (Sesma); Fundação Papa João Paulo XXII (Funpapa); Fundação Municipal de Assistência ao Estudante (FMAE); Universidade do Estado do Pará (UEPA); Universidade Federal do Pará (UFPA); Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA); Instituto Federal do Pará (IFPA); Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Belém (Sintepp); Movimento Sem Terra (MST); Rede Emancipa – Movimento Social de Educação Popular; Instituto Universidade Popular (Unipop); Movimento República de Emaús; Secretaria de Administração Penitenciária (Seap); Núcleo de Educação Popular Raimundo Reis (NEP); Secretaria Municipal de Coordenação Geral do Planejamento e Gestão (Segep); Secretaria Municipal de Administração (Semad); Faculdade Integrada Brasil Amazônia (Fibra).

Ao final, cada instituição deu sua contribuição para a construção do Plano Municipal de Alfabetização e formou novas comissões de trabalho.

Texto: Tábita Oliveira

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