A selagem ou identificação das 577 casas que deverão receber a visita da equipe social do Promaben começou nesta quarta-feira, 14. Este é o primeiro passo dado pela Prefeitura de Belém para a realização no novo cadastro consolidado das famílias do entorno da obra.
As equipes percorrerão quatro trechos distintos até o dia 4 de junho, realizando medições e colando identificações nas fachadas das casas. Serão quatro equipes, compostas por dois engenheiros e um assistente social devidamente identificada para garantir a segurança dos moradores da área.
A recepção dos moradores aos profissionais do Promaben foi calorosa. A comerciante, Maria de Nazaré Nogueira, 50 anos, moradora da avenida Bernardo Sayão, diz que não vê a hora da situação das moradias ser resolvida. “Estamos há 15 anos esperando essa obra aqui, sempre vem alguém e diz que vai fazer e nunca sai. Mas, agora eu estou confiante que vai sair”, afirma.
O autônomo Jeferson Pinheiro, de 25 anos, aponta que há dez anos eles ouvem falar na obra e esperam melhorias no bairro, mas que nunca viu acontecer. “A gente quer seguir a nossa vida, ser indenizado, se tiver que sair daqui, vamos sair. Vivemos essa indefinição há muito tempo”, afirma.
Para a autônoma, Márcia Maia, de 41 anos, é uma grande esperança ver as equipes percorrerem o bairro de novo. “A gente sempre fica sem uma informação correta, outras casas atrás das nossas foram indenizadas e a nossa não. A oficina aqui na frente já caiu porque não poderíamos mexer nela e os últimos engenheiros que vieram aqui, da gestão passada, disseram que não íamos receber porque a oficina já era ruínas”, critica.
O engenheiro do Promaben, Arthur Monteiro, explicou que todas as dúvidas serão esclarecidas quando as equipes do Social realizarem os cadastros e os recadastramentos. “Houve muita desinformação e informação desencontrada ao longo desses anos”, alerta o engenheiro.
A conversa com os moradores e a selagem das 91 casas do trecho 1 segue até o dia 16.
Texto: Márcia Lima