Belém é o centro da articulação global contra a crise climática

Durante a cerimônia de abertura oficial da COP-30, realizada pela primeira vez na Amazônia, o prefeito de Belém, Igor Normando, destacou o protagonismo da capital paraense nas discussões sobre o clima e o legado alcançado para a população

Crédito: Liliane Moreira

Começou, nesta segunda-feira (10), no Parque da Cidade, a 30ª Conferência do Clima da ONU (COP 30), a primeira realizada na Amazônia. Serão duas semanas decisivas para a ação global contra as mudanças climáticas. Cerca de 50 mil pessoas — entre diplomatas, líderes, ativistas, cientistas e empresários — de 170 países participam do encontro na capital paraense.

O prefeito de Belém, Igor Normando, marcou presença na abertura da COP 30, destacando o protagonismo de Belém e da Amazônia, em meio ao histórico evento.

“A cidade ganhou obras, de saneamento básico e infraestrutura, que irão garantir uma melhor qualidade de vida à população. Paralelo a isso, estamos mostrando, para o Brasil e mundo, a nossa capacidade de sediar grandes eventos. Belém, sem dúvida alguma, se posiciona como Capital da Amazônia, na vanguarda das discussões climáticas do mundo”, destacou o prefeito.

Crédito: Liliane Moreira

Autoridades de diferentes setores e de todo o mundo se reúnem na capital paraense até o dia 21 para discutir o enfrentamento da crise do clima no mundo e Belém mostra que está pronta para sediar grandes eventos

A cerimônia de abertura da COP-30 ocorreu após a realização da Cúpula de Líderes, nos dias 6 e 7 de novembro. O evento reuniu 57 chefes de Estado e de Governo para discutir a proteção ambiental, e já definiu as prioridades das negociações da Conferência:

  • Acelerar a transição energética
  • Ampliar o financiamento climático
  • Proteger as florestas tropicais

Infraestrutura de Belém destacada como legado

A abertura oficial da COP-30 começou às 10h, na chamada “Zona Azul” da conferência.
Representantes e delegações de 194 países participaram da abertura da Conferência das negociações, que vão se desenvolver ao longo das duas semanas do evento.

Durante o discurso de abertura, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva citou as obras de Belém como legado da Convenção.

“Trazer a COP para o coração da Amazônia foi uma tarefa árdua, mas necessária. A Amazônia não é uma entidade abstrata. Quem só vê a floresta de cima, desconhece o que se passa à sua sombra. O bioma mais diverso da Terra é a casa de quase cinquenta milhões de pessoas, incluindo quatrocentos povos indígenas, dispersa por nove países em desenvolvimento que ainda enfrentam imensos desafios sociais e econômicos. Desafios que o Brasil luta para superar com a mesma determinação com que contornou as adversidades logísticas inerentes à organização de uma conferência deste porte. Quando vocês deixarem Belém, o povo da cidade permanecerá com os investimentos em infraestrutura que foram feitos para recebê-los. E o mundo poderá, enfim, dizer que conhece a realidade da Amazônia”, disse o presidente Lula.

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