Começou nesta segunda-feira (10), e segue até 21 de novembro, o projeto “Educação Ambiental de Portas Abertas ao Mundo”, realizado pela Prefeitura de Belém, por meio da Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira, localizada na Ilha de Caratateua, distrito de Outeiro.
Das 9h às 12h, o público tem a oportunidade de participar de visitas guiadas, experiências sensoriais, apresentações culturais e exposições interativas. A intenção é apresentar o modelo educacional da instituição, reconhecido pela integração entre natureza, ciência e práticas sustentáveis, durante a COP-30.
“A Escola Bosque carrega uma tradição de mais de 30 anos na educação ambiental. Nosso papel é fortalecer e ampliar esse trabalho, permitindo que o conhecimento produzido aqui chegue a outras escolas da rede e ao mundo”, destacou Beatriz Morrone, secretária adjunta pedagógica da Semec.
Crédito: Luís Miranda

O público-alvo da programação inclui delegações da COP-30, pesquisadores, educadores, jornalistas, estudantes e demais interessados em experiências educativas ligadas ao meio ambiente. As visitas são acompanhadas por quatro guias e técnicos da escola, com apoio de professores e alunos.
A abertura oficial, na manhã desta segunda-feira, foi destinada a autoridades convidadas e à comunidade local. Os visitantes foram recepcionados pelo grupo de dança regional Tucuxi, de Outeiro, e participaram de uma caminhada guiada por técnicos e professores da escola.
Crédito: Luís Miranda

Durante o percurso, as autoridades e convidados conheceram a Horta do Conhecimento, onde participaram de uma roda de conversa sobre cultivo e preservação ambiental. Eles também degustaram o mel produzido pelo Projeto Meliponário Ubuçu e visitaram o Viveiro Educador, de produção de mudas usadas para reflorestar o distrito.
Crédito: Luís Miranda

O passeio incluiu o complexo de gestão de resíduos sólidos, onde todo o material produzido na escola é reaproveitado em projetos pedagógicos. Além disso, houve apresentações sobre iniciativas nas áreas de cultura, cinema, arte e estudos sobre fauna aquática e qualidade da água.
O trajeto terminou com a visita ao Eco Museu da Amazônia, que reúne exposições sobre os ecossistemas e a biodiversidade da região das ilhas de Belém.
Para a artista visual Valéria Scornainchi, de Campinas (SP), participante da COP-30, a experiência foi enriquecedora. “Achei uma forma muito sensível de integrar educação e natureza. Quando aprendemos por meio do corpo, da cultura e do ambiente, desenvolvemos uma nova percepção de mundo, necessária para pensar um planeta que pulsa — e nós pulsamos com ele”.
A diretora da Escola Bosque, Aline Rodrigues, ressaltou que o projeto busca demonstrar como a educação ambiental se faz na prática. “Muita gente acha que educação ambiental é apenas falar sobre meio ambiente ou coleta seletiva. Aqui mostramos como é possível conviver e proteger o ambiente no dia a dia. Essa vivência reflete diretamente na comunidade”, afirmou.
Crédito: Luís Miranda

Para Jurema Freire, técnica em meio ambiente da escola, o projeto é uma oportunidade de compartilhar com o mundo o trabalho cotidiano desenvolvido por professores e alunos. “A gente faz esse trabalho todos os dias. Os alunos aprendem e multiplicam o que veem aqui. Abrir nossas portas para o mundo é motivo de orgulho”, disse.
Crédito: Luís Miranda

Nesta terça-feira (11), as visitas serão exclusivas para convidados e moradores da Ilha de Caratateua. A partir desta quarta-feira (12) até 21 de novembro, o projeto estará aberto ao público em geral.
A programação prevê quatro circuitos simultâneos, com grupos de até 30 pessoas cada, totalizando cerca de 120 visitantes por dia.
Crédito: Luís Miranda

Circuitos
Circuito 1 – “Raízes da Cidadania Ambiental nas Trilhas da Bosque”: apresenta projetos de sustentabilidade como o Lago Borboleta, o Biodigestor, o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), o Viveiro Educador, o Meliponário e o Jardim de Memórias.
Circuito 2 – “Pés no Chão da Floresta que Ensina”: oferece vivências práticas de plantio simbólico, compostagem e degustação de chás medicinais produzidos na escola.
Circuito 3 – “Saberes com a Floresta: Ciência, Tecnologia e Arte pela Justiça Climática”: traz a EXPO Ambiental EJAI, com produções científicas e artísticas de estudantes, como pôsteres, jogos, poesias e materiais multimídia sobre justiça climática.
Circuito 4 – “Semeando Saberes Ambientais: Horta do Conhecimento”: integra educação ambiental, alimentar e nutricional, com atividades de plantio, colheita e degustação de espécies como o jambu.
Os interessados em participar devem fazer agendamento prévio na própria Escola Bosque.