De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, de janeiro a 15 de agosto de 2015, Belém registrou 990 casos confirmados de dengue. Em agosto, nenhum caso foi confirmado ainda. Já em julho e junho foram 41 e 162 ocorrências respectivamente.
Estes números mostram uma diminuição das ocorrências de dengue nos últimos três meses. O mês com maior número de casos foi março, com 249 casos confirmados. Guamá, Pedreira, Sacramenta, Tapanã e Tenoné são os bairros com maior incidência da doença.
Para a redução dos casos, a Prefeitura de Belém, por meio da Sesma, tem intensificado as e atividades de educação e saúde com a população e as ações de controle vetorial do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya, dentro de domicílios (em casos confirmados) e nas ruas dos bairros com maior incidência de casos. “Nós investimos em capacitações na rede de saúde municipal pública e privada a fim de que seja seguido o fluxo do atendimento de casos suspeitos e notificada a equipe de vigilância epidemiológica para acompanhar os casos. Desta forma, conseguimos identificar mais casos de dengue, que poderiam ser confundidos com uma simples virose”, explica Leila Flores, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devs/Sesma).
Belém também reduziu o Índice de Infestação Predial (IIP) de criadouros de mosquito, mas ainda continua em estado de alerta para dengue. Na realização 4º ciclo do Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) de 2015, o município apresentou o IIP de 2,1%. Nos índices anteriores (1º, 2º e 3º) os IIP’ foram de 2,2%, 3,6% e 2,3%, respectivamente.
“O LIRAa é um instrumento para prevenção e controle de epidemias de dengue, pactuado pelo Ministério da Saúde, que nos orienta a identificar as áreas prioritárias para medidas e ações estratégicas de controle e combate ao mosquito Aedes aegypti. Neste quarto ciclo ainda continuamos com a classificação de alerta e por isso estamos investindo no trabalho de prevenção, com a eliminação desses criadouros e orientação à população, por exemplo”, frisa Leila Flores.
O LIRAa apontou que os principais criadouros do mosquito em todos os distritos administrativos de Belém são vasos, frascos com água, recipiente de degelo (atrás da geladeira), bebedouros, fontes ornamentais, aquários sem peixes larvófagos (que se alimentam de larvas), lixo, vasilhas plásticas e/ou descartáveis, garrafas e latas, sucatas, ferro velho, depósitos fixos (tanques em obras e borracharias, calhas e lajes).
Para o combate à dengue, a Sesma também está fortalecendo a equipe de trabalho com mais 524 agentes de controle de endemias. Além da parceria com outras secretarias que formam o Comitê Municipal de Mobilização contra a Dengue, para limpeza de vias e canais, poda das árvores e coleta de resíduos sólidos e entulhos.
Para Leila Flores, o trabalho integrado da gestão pública com a comunidade é o principal aliado para a eliminação do mosquito e, consequentemente, para a redução da incidência de dengue no município. “A Prefeitura está alerta e atenta para todas as situações de dengue, chikungunya e zika, os três vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. Assim como também pedimos o apoio da população em tomar as medidas preventivas, como evitar a formação de depósitos e sempre procurar o serviço de saúde em casos de febre, dor de cabeça, dor atrás dos olhos. Não podemos esquecer que a dengue pode ter outras formas mais graves e até levar a óbito”, ressalta a diretora.
Em casos de grande quantidade de mosquitos e na ocorrência de casos suspeitos, bem como para informações sobre a doença, a população pode ligar para o Disque Endemias, no telefone 3344-2466 e para a Vigilância Epidemiológica no 98417-3985.
Texto: Paula Barbosa
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								