Buscar a informação como instrumento de prevenção vem colaborando para a redução de várias formas de violência. Nesse sentido, a Prefeitura Municipal de Belém por meio da Secretaria Municipal de Educação desenvolve durante todo o ano atividades de combate à violência sexual através do Projeto Direito de Ser Criança e Adolescente, nas Unidades de Educação Infantil e Escolas Municipais.
Entre as ações, destacam-se as realizadas próximo do dia 18 de maio, dia nacional de combate à violência sexual contra crianças e adolescentes. O evento reúne além dos alunos, pais e responsáveis, a comunidade no entorno da escola e a sociedade civil organizada.
Nesta sexta-feira, 16, duas caminhadas mostraram aos moradores da ilha de Mosqueiro que é necessário se informar e prevenir para não ter que denunciar. No bairro do Carananduba a comunidade escolar das UEIs Rotary, Bacuri e das Escolas Municipais Lauro Chaves, Ângelus Nascimento, Abel Martins, Madalena Travassos e mais escolas estaduais e particulares foram às ruas para expor o que vem sendo discutido em sala de aula.
De acordo com a coordenadora da UEI Rotary, Eliana Paixão, palestras com as famílias e atividades lúdicas com as crianças sobre o tema são rotinas na Unidade. Ela afirma que o perfil das famílias atendidas requer um acolhimento maior por parte dos profissionais.
“Geralmente são famílias que possuem nível de conhecimento baixo, que se encontram em situação de risco social e nós através do Projeto estamos conseguindo conscientizar mais essas famílias, fazer com que elas participem das nossas atividades e estejam atentas na prevenção. Hoje as próprias famílias já cobram as nossas ações”, afirmou.
Na caminhada, alunos apresentavam os cartazes e faixas pedindo mais atenção, cuidados, respeito e proteção aos direitos das crianças e adolescentes. “Eu mesma já ouvi casos de abuso em criança aqui na ilha e é legal a gente falar disso, pra não acontecer com a gente”, disse a aluna Carolina Beatriz Meireles, 10, da Escola Municipal Ângelus Nascimento.
Para os pais o dialogo só vem a somar com várias medidas que devem ser tomadas para inibir a prática da violência, seja ela física, psicológica, doméstica e verbal, por exemplo. “Está muito difícil de confiar em qualquer pessoa hoje em dia, principalmente quem tem filhos adolescentes como eu. Quando a gente fala sobre isso pode evitar que o pior aconteça”, disse a dona de casa Maria das Graças da Silva,mãe de três filhos.
E mesmo aqueles responsáveis de alunos que não estudam na rede municipal de ensino apoiaram a iniciativa. “Minha filha estuda em uma escola particular, mas quando soube da caminhada que iria acontecer resolvi participar. Conscientizar os pais e as crianças é sempre muito importante”, disse Carla Cristine, moradora da ilha.
Em outro bairro de Mosqueiro, a UEI Maracajá foi às ruas com o mesmo propósito. Na praça da Vila os alunos tiveram uma manhã de atividades com música, pintura fácil, pintura livre entre outras ações.
A programação termina neste sábado, 17, na praça Batista Campos, com uma grande manifestação cultural das unidades educacionais e espaços literários, além do cortejo dos direitos das crianças com a participação do Arraial do Pavulagem.
Texto: Aline Saavedra
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								