Alfabetizadores discutem educação popular na Semana Paulo Freire

Começou nesta quarta-feira, 24, e segue até o dia 26 a Semana Paulo Freire, organizada pela Secretaria Municipal de Educação (Semec) com o objetivo de capacitar e promover a troca experiências entre os alfabetizadores do Mova – Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos. Com o tema “Educação popular como prática de liberdade”, a programação acontece na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, localizada na Travessa das Mercês, em São Brás.

A abertura do evento contou com apresentações culturais e com a palestra do professor Salomão Hage, que explorou o tema da educação como prática de liberdade. Também foram exibidos vídeos com depoimentos de alunos que passaram pelo processo de alfabetização por meio do Mova-Belém.

“Essas formações tem o objetivo de mostrar que a alfabetização e o letramento vão além de aprender a ler e escrever. Os alfabetizadores têm a função de apresentar uma nova cultura aos alunos. Alfabetizar jovens e adultos é uma ação estruturante, porque possibilita que essas pessoas tenham acesso ao que a sociedade produz”, disse o professor Salomão Hage.

Durante os três dias de programação os alfabetizadores têm a oportunidade de se aprofundar na política e pedagogia das obras de Paulo Freire para a educação, enfatizando a utilização da história de vida dos alunos como ponto de partida para a alfabetização.

“A participação dos alfabetizadores é fundamental na Semana Paulo Freire, uma vez que para ser voluntário do Mova basta ter o Ensino Médio completo. As formações são indispensáveis para a capacitação deles, por isso o evento busca teorizar a principal prática freireana utilizada pelo Movimento, que é o uso da história de vida do aluno como instrumento de alfabetização”, explicou o coordenador do Mova-Belém, Miguel Picanço.

O Movimento de Alfabetização de Jovens, Adultos e Idosos em Belém é executado pela Semec e tem como propósito alfabetizar pessoas que não tiveram a chance de frequentar as salas de aula, aprendendo a ler e escrever no período adequado. Para isso, conta com a parceria de escolas municipais, igrejas e centros comunitários. Ao todo, 170 professores e 25 coordenadores integram o programa. Para ser alfabetizador do Mova é preciso ter o Ensino Médio completo e disponibilidade para ensinar e participar das formações continuadas antes e durante o projeto.

Para a alfabetizadora Maura Rodrigues, ser voluntária do Movimento é estar em constante aprendizado. “Participo há três anos do projeto. É muito emocionante escutar a história de vida dos alunos e poder ver o quanto pude contribuir pra mudança de vida deles. Por isso faço questão de não perder uma formação, para cada dia mais estar melhor preparada a ensiná-los”.

Texto: Andreza Carvalho

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