A Prefeitura de Belém é a única administração municipal do Brasil que possui um órgão próprio para a administração dos recursos destinados à alimentação de estudantes da rede de ensino do município. A Fundação Municipal de Assistência ao Estudante (FMAE) foi criada há mais de trinta anos, com o objetivo de promover políticas assistenciais aos estudantes da capital paraense, como a garantia e distribuição de merenda escolar.
Funcionando no mesmo prédio, no bairro da Marambaia, desde sua criação, a FMAE é responsável pela garantia do abastecimento da alimentação escolar para cerca de 230 unidades de ensino municipais geridas pela Prefeitura de Belém, em seus distritos e ilhas.
A presidente da FMAE, Bruna Cavalcante, explica que a instituição cuida desde a elaboração do cardápio, que é oferecido para todas as modalidades de ensino da rede municipal, até a distribuição em dos alimentos.
"Tudo aqui na FMAE é baseado no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que garante a verba anual para a alimentação escolar na cidade de Belém”, informa Bruna Cavalcante.
A alimentação é composta por produtos sólidos e não perecíveis, como grãos e massas, proteína animal, verduras e hortifrutis, advindos da agricultura familiar, como orienta a lei. Todos os itens são pensados e testados previamente por uma equipe de profissionais de nutrição da FMAE.
“A gente tem a missão de trazer para os estudantes uma alimentação adequada, balanceada, para o melhor desempenho deles em sala de aula. Para isso, realizamos testagens de amostras nos processos licitatórios, para garantir que aquele produto cumpra o que o Pnae exige, enquanto boa qualidade”, explica a chefe da Divisão de Controle e Avaliação da FMAE, a nutricionista Fernanda Galvão.
A coordenadora pedagógica da Escola Municipal Solerno Moreira, no bairro da Terra Firme, Ana Paula Amaral, fala da importância da merenda para a educação.
“Muitas dessas crianças não fazem alimentação em casa e esperam para fazer essa refeição na escola. Então, uma alimentação saudável e pensada nutricionalmente é muito importante para compensar essa falta e ajudar no aprendizado deles”, conta a educadora Ana Paula.
Alimentação escolar na pandemia de covid-19 – Durante o auge da pandemia de covid-19 em Belém, as escolas tiveram que permanecer com o ensino remoto, com o intuito de evitar a propagação do novo coronavírus na comunidade escolar.
Mesmo sem a presença dos estudantes nas salas de aula fisicamente, a Prefeitura de Belém garantiu a distribuição de cestas de alimentação escolar para todas as crianças e adolescentes matriculados na rede.
A cesta era composta de alimentos não perecíveis, proteínas, verduras, vegetais e frutas. Sendo pensado por uma equipe técnica de nutricionistas que levaram em consideração os dias letivos de cada ano e as características físicas de cada faixa etária de estudantes, como peso, altura e idade.
Com o avanço da vacinação no município e os números de casos da doença em queda, as aulas presenciais na rede municipal de ensino retomaram.
Com isso, a distribuição de cestas de alimentação escolar estão deixando de ser distribuídas, gradativamente, para que as refeições sejam feitas exclusivamente nas unidades de ensino.
Texto: Fabricio Lopes
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								