A aluna Adriana Almeida dos Santos, de 14 anos, com paralisia cerebral, mostrou mais uma vez que a maior prova em uma competição pode ser superar os limites pessoais. A aluna e outros estudantes do município, que participam do projeto Talentos Paralímpicos, disputaram na última quarta-feira, 19, a VIII edição dos Jogos Escolares Paralímpicos do Pará. A disputa aconteceu na pista de atletismo do Mangueirão. Os jogos iniciaram no último dia 17 e seguem até quinta-feira, 20.
Participam do evento atletas dos municípios de Barcarena, Tailândia, Abaetetuba, Igarapé-miri, Moju, Marabá, Tucuruí, Ananindeua, além dos distritos de Outeiro e Mosqueiro, totalizando 208 participantes.
Os alunos disputaram o atletismo nas provas de 100 metros rasos, arremesso de peso e salto a distância. Com apenas um ano da existência e participando pela segunda vez dos jogos, o projeto Talentos Paralímpicos já reúne um total de 15 medalhas, sendo 13 de ouro, duas de prata e uma de bronze.
Nesta edição, a atleta paralímpica Adriana dos Santos conquistou ouro na prova dos 100 metros rasos, no salto em distância e com uma diferença de apenas dois centímetros, ficou com a prata na prova do arremesso de peso, alcançando a distância de 2 metros e 54 centímetros. Os alunos com deficiência intelectual moderado e leve, respectivamente, Aline Batista e Elias Nascimento também alcançaram uma boa colocação na competição. Aline ficou com o quarto lugar no arremesso de peso e Elias nas provas de 100 metros e salto em distância.
“Eu adoro fazer isso, me sinto muito feliz. Antes eu não conseguia fazer quase nada, não sabia brincar de queimada e nem de vôlei com os meus colegas da escola, hoje eu já consigo e não penso em outra coisa que não seja continuar”, disse Adriana, se referindo a sua participação no projeto. “Com a medalha que ganhei hoje, eu fico ainda mais feliz”, finalizou com um sorriso no rosto. Os Jogos Paralímpicos são uma seletiva à Paralimpíada Nacional, que ocorrerá no período de 23 a 28 de novembro, em Natal.
O projeto Talentos Paralímpicos é desenvolvido pela prefeitura de Belém, por meio do Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes – CRIE, vinculado à Secretaria Municipal de Educação (Semec), e tem o objetivo de favorecer a inclusão educacional através do esporte.
“No início os atletas chegam muito receosos, mas conforme as atividades são desenvolvidas, eles vão interagindo mais e participando de forma muito satisfatória”, afirmou o coordenador do projeto e fisioterapeuta, Paulo Douglas de Andrade.
Além do atendimento esportivo, oferecido duas vezes por semana no Campus III da Uepa, os alunos que fazem parte do projeto também participam de atividades físicas e recreativas dentro das escolas.
Texto: Aline Saavedra
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								