Três paraenses estão prestes a deixar seu nome na história do esporte inclusivo. Eles integram a Seleção Brasileira de Futsal de Surdos que vai disputar o Campeonato Sul Americano da modalidade, de 15 a 23 de novembro, em Caxias do Sul (RS). Apenas 18 meses depois de ingressar na primeira turma de treinamento no Programa Esporte Sem Barreiras, os atletas da Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel), Lucas Salustiano, Nerisvan Oliveira e Rafael Borges chegam a uma competição internacional, o que lhes garantiu o benefício da bolsa atleta, para que se mantenham treinando e representando o país.
Para o professor Márcio Cerveira, técnico da equipe da Sejel e auxiliar técnico da Seleção Brasileira, o que mais surpreendeu nessa trajetória foi a rapidez com que tudo aconteceu. "Hoje, ao participar de alguma competição ou amistoso, não entramos em quadra como uma equipe de surdos, mas como a atual campeã paraense, vice-campeã nacional e a única em toda história do município de Belém que foi capaz de levar um atleta surdo ao ápice do esporte brasileiro", comemora.
Por intermédio do Programa Esporte Sem Barreira, a Sejel tornou-se referência no esporte inclusivo e de alto rendimento. Os atletas que começaram no Programa já vinham de outras tentativas em clubes onde foram preteridos por conta da deficiência, apesar de todo o talento que mostravam em quadra. Nos últimos meses conquistaram todos os títulos que disputaram e hoje, além dos três convocados e do auxiliar técnico, ainda existem dois atletas suplentes para a disputa do Sul Americano.
"Acredito que com essa conquista nossa responsabilidade aumenta, não apenas pelos atletas que já pertencem ao projeto, mas também pelos novos que estão procurando fazer parte desse grupo e vão se juntar às mais de 60 famílias que acreditam no trabalho da Prefeitura de Belém e da Sejel", conclui o professor Cerveira.
O secretário municipal de Esporte, Juventude e Lazer, Thalles Belo, também comemorou a convocação dos atletas do Esporte Sem Barreiras que, segundo ele, tem mostrado os resultados práticos do trabalho de inclusão social realizado pela Sejel. “É dever do poder público exaltar a prática desportiva como instrumento imprescindível à superação do indivíduo com deficiência, contribuindo para a formação da sua personalidade, bem como revelando novos valores no cenário desportivo”, afirma.
Texto: Fabiana Cabral
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								