Prefeitura presente na COP 30: ações urbanas, climáticas e sociais

Iniciativas municipais em gestão de resíduos, ação climática, governança territorial e assistência social são exemplos de políticas locais voltadas à justiça ambiental e social.

Crédito: ALEX RIBEIRO/ AGÊNCIA PARÁ

Belém se prepara para a COP 30 com ações que unem sustentabilidade, inclusão e enfrentamento à crise climática.

Às vésperas de sediar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), Belém se prepara para mostrar ao mundo seu protagonismo no enfrentamento à crise climática. A capital paraense levará ao Pavilhão Pará um conjunto de experiências inovadoras, que unem sustentabilidade, justiça social e governança ambiental.

Por meio da atuação integrada dos órgãos municipais, a Prefeitura de Belém apresentará políticas públicas que vão desde a gestão de resíduos até a regularização fundiária e a proteção social em contextos de emergência climática — uma amostra de como a cidade se organiza para ser exemplo de resiliência e transformação na Amazônia.

Gestão de resíduos, inclusão e sustentabilidade

A gestão de resíduos sólidos tem papel fundamental na construção de uma cidade mais sustentável. A Secretaria Municipal de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel) vai apresentar o programa “Belém e a Gestão de Resíduos” no Pavilhão Pará. O trabalho alia inclusão produtiva de catadores e cooperativas com governança integrada entre poder público, sociedade civil e setor privado.

O modo de gestão busca transformar o manejo de resíduos em vetor de economia circular, reduzindo impactos ambientais, gerando renda e fortalecendo a sustentabilidade urbana.

Plano Local de Ação Climática

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) vai expor o Plano Local de Ação Climática de Belém (Plac), um dos instrumentos mais importantes da cidade no enfrentamento às mudanças climáticas. O plano estabelece metas de mitigação e adaptação, com foco em reduzir emissões de gases de efeito estufa, ampliar áreas verdes e proteger recursos hídricos.

Durante a COP 30, a Semma reforça a importância da conformidade climática, integrando políticas públicas locais às metas globais do Acordo de Paris, mostrando como Belém pode ser referência em resiliência urbana na Amazônia.

Regularização fundiária, fiscalização ambiental e justiça territorial

A Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem) traz uma abordagem inovadora sobre governança territorial. A proposta enfatiza a regularização fundiária como instrumento estratégico para promover justiça social e ambiental.

Ao garantir o direito à moradia e ao território, a Codem fortalece a fiscalização ambiental, reduz conflitos fundiários e cria bases sólidas para um planejamento urbano sustentável e inclusivo. Essa ação reforça que a justiça territorial é também uma ação climática, assegurando que comunidades vulneráveis tenham voz e acesso a políticas públicas de qualidade.

Assistência social e soluções para a emergência climática em Belém

A Fundação Papa João XXIII (Funpapa) vai levar à COP 30 a discussão sobre os impactos sociais das emergências climáticas. Com o tema “Assistência Social e Emergência Climática em Belém: Construindo Soluções por Território”, a fundação destaca a importância de políticas de proteção social diante dos eventos extremos que atingem populações mais vulneráveis.

A Funpapa apresenta experiências territoriais que articulam solidariedade comunitária, resiliência e atendimento emergencial, mostrando que enfrentar a crise climática também é uma questão de justiça social e cuidado humano.

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