Por conta da situação crítica de ocupação de leitos de UTI e clínicos apontada pela Prefeitura de Belém neste sábado, o Governador do Estado Hélder Barbalho, em conjunto com os prefeitos de Belém, Edmilson Rodrigues; de Ananindeua, Daniel Santos; de Santa Bárbara, Marcão; e prefeitas de Marituba, Patrícia Mendes; e de Benevides, Luziane Solon, decidiram decretar novo Lockdown na Região Metropolitana de Belém (RMB). O bandeiramento preto começa a vigorar a partir das 21 horas da próxima segunda-feira, 15, com validade inicial de 7 dias.
Helder Barbalho disse que o agravamento do cenário epidemiológico dessa região acaba por impactar todo o estado. “Se não tomarmos medidas mais rígidas correremos o risco de colapsar o sistema e não mais poder atender às pessoas n. E não há nada mais entristecedor do que assistir um irmão paraense lutando pela vida querendo leito e não conseguindo”, afirmou.
Já o prefeito Edmilson Rodrigues explicou que a Prefeitura de Belém está fazendo um grande esforço no sentido de ampliar leitos, contratar mais profissionais de saúde de forma emergencial, implantar atendimento para pacientes positivos leves em casa e instalar 16 novos pontos de atendimento de Covid-16 refrigerados na capital, a fim de desafogar os atendimentos nas upas e hospitais municipais.
Mas as ações têm sido insuficientes para evitar que o sistema de saúde do município chegue próximo a um colapso, frente ao aumento descontrolado de casos registrados nos últimos dias. Com um índice de ocupação de 98% de leitos clínicos e 88,8% dos leitos de UTI, a Prefeitura precisava recorrer a ações mais contundentes para tentar frear a pressão na rede pública de saúde.
“Não queremos chegar à situação em que médicos tenham que decidir quem deve viver e quem deve morrer”, constatou o prefeito de Belém, lamentando ter que tomar medidas mais duras para conter o avanço da Covid. “Antes que o sistema todo entre em colapso, vamos decretar o bandeiramento preto, mantendo somente as atividades essenciais em funcionamento. É uma decisão dolorosa, porque sabemos que as empresas estão no seu limite e os trabalhadores também”, disse.
Edmilson alertou ainda que nem mesmo quem tem recursos financeiros está seguro de obter atendimento em caso de contrair o vírus: “Mesmo quem tem plano de saúde e mesmo aqueles que podem chegar de avião, já não tem garantias de leitos nos grandes centros”, alertou. “É hora de todos nós nos unirmos pela vida na RMB, no Pará e no Brasil”, conclamou.
Texto: Marta Brasil
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								