Em um momento em que Belém se prepara para receber a COP 30, a cidade também fortalece suas ações de cuidados com a saúde pública e o meio ambiente. A Prefeitura de Belém instalou, por toda a cidade, mais de 4 mil Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs), de um total de oito mil programadas, contra o Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Com isso, a Prefeitura já alcança mais da metade das instalações previstas dos equipamentos.
Conhecido como “armadilha de mosquitos”, o item foi desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e distribuído para a Secretaria Municipal de Saúde pelo Ministério da Saúde (MS), que marca mais uma parceria entre a gestão do município e o governo federal.
As EDLs foram instaladas por Agentes de Combate às Endemias (ACEs), da Sesma, sendo mais uma ação no combate às arboviroses, e que integra um plano estratégico para manter a cidade saudável e segura para moradores e visitantes.

A instalação das armadilhas consolida as ações da Prefeitura contra as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A iniciativa faz parte de uma série de medidas preventivas adotadas pela PMB para reduzir a proliferação do mosquito, especialmente em áreas com criadouros de difícil acesso.
Em 2024, 2.077 casos de dengue foram confirmados em Belém. Neste ano de 2025, até o mês de setembro, foram 792 casos confirmados.
Como funcionam as armadilhas?
As EDLs são baldes pretos com água limpa, envoltos por uma tela impregnada com larvicida. A fêmea do mosquito, ao pousar para depositar seus ovos, entra em contato com o produto e acaba carregando o larvicida nas patas para outros locais, inclusive onde o controle é mais difícil. O larvicida impede o desenvolvimento das larvas, quebrando o ciclo de reprodução do mosquito.

Antes mesmo da instalação, os agentes já vinham atuando nos bastidores. Os ACEs participaram de capacitações técnicas sobre o uso correto das EDLs e a abordagem comunitária.
Também foi feito um mapeamento prévio das residências e visitas educativas, para orientar os moradores sobre a importância da armadilha.
Instaladas, as EDLs ficam nas casas por tempo indeterminado e os ACEs retornam mensalmente para inspecionar e trocar a tela larvicida, garantindo a eficácia contínua da estratégia.
“Esse trabalho começou cedo, com nossos agentes sendo capacitados sobre o funcionamento das armadilhas e a importância delas. Também fizemos visitas técnicas às casas que foram mapeadas, conversamos com os moradores, explicamos como funciona a EDL e tiramos todas as dúvidas. Foi uma etapa essencial para garantir a adesão da comunidade”, relatou Tadeu Morais, coordenador do Programa Municipal de Controle da Dengue.
Moradores aprovam
A receptividade foi positiva entre os moradores dos bairros atendidos. Muitos deles já vivenciaram surtos de dengue e enxergam a armadilha como uma proteção a mais para suas famílias.
“Aqui tem muitos mosquitos que podem ser o da dengue. Tenho uma idosa que mora comigo, que usamos repelente para cuidar, mas se tem esse meio, é melhor ainda. Saber que agora temos uma armadilha dessas em casa, nos dá mais segurança. É uma ajuda que chega na hora certa”, disse Jacqueline Guedes, moradora do Guamá.

“Me preocupo com isso, minha esposa pegou dengue e zika, duas doenças que são terríveis. Além disso, tenho pessoas que trabalham comigo e esses cuidados se estendem a eles também. Por isso, essa ação é um trabalho que a gente precisa valorizar. Não é só sobre colocar a armadilha, é sobre cuidar da saúde de todo mundo”, destacou Alexandre Pamplona, empresário.

Trabalho que não para
Parte das EDLs também é destinada a locais estratégicos, como cemitérios, hospitais, escolas, órgãos públicos, bem com o próprio Parque da Cidade, área que concentra eventos da COP 30.
“Esse é um trabalho constante, uma mobilização que não vai parar, até que as armadilhas sejam instaladas nos locais programados, sempre com o consentimento das famílias. Isso é resultado de um esforço conjunto entre a gente e a população, que visa a saúde de todos”, reforçou Rômulo Nina, secretário municipal de Saúde.
A instalação das EDLs reforça o compromisso da Prefeitura de Belém com a saúde da população e a vigilância ambiental. Especialmente neste momento, no qual a cidade se prepara para receber olhares do mundo inteiro, durante a COP 30.