Desde o ano passado, Belém não registra ocorrência de casos de malária originados no município. Embora o cenário seja positivo, a prevenção e os cuidados devem ser constantes. Portanto, para marcar o Dia Mundial de Luta contra a Malária, celebrado hoje, 25, alunos da Escola Municipal Comandante Klautau, no bairro do Barreiro, participaram de uma caminhada alusiva à data, realizada pela Prefeitura de Belém, através da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).
“É com grande satisfação que integramos a geração do futuro, que são nossos alunos, em ações que possibilitam o conhecimento sobre determinado assunto. As crianças têm papel fundamental no processo de aprendizado, pois além de multiplicadores, estão em processo de desenvolvimento de uma consciência preventiva”, afirmou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (DEVS), Leila Flores.
A ação reuniu ainda representantes e Agentes Comunitários de Endemias (ACE) e de Saúde (ACE) da Sesma, do Conselho Municipal de Saúde (CMS), da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), funcionários da Escola e pais de alunos. A dona de casa Maria de Paula, 28 anos, destacou a importância de atividades como esta como forma de alerta para a comunidade. “Conhecia pouco sobre a malária e tive mais esclarecimentos quando meu filho chegou em casa e contou sobre os riscos da doença, após assistir um teatro de fantoches realizado ontem, aqui na escola. Ele explicou tudo e falou sobre os sintomas”.
A malária é uma doença infecciosa causada pelo parasita plasmódio, transmitida pela picada da fêmea do mosquito anofelino. Os principais sintomas são mal estar, suor intenso, calafrios, dor de cabeça e no corpo, vômito e febre alta. A prevenção inclui o uso de repelentes e mosquiteiros.
No caso de confirmação da doença, o tratamento envolve medicação fornecida gratuitamente pela Unidade Básica de Saúde (UBS). “Após o aparecimento de qualquer um dos sintomas é importante procurar uma unidade para fazer exame de sangue o mais rápido possível”, orientou a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Malária, Viviane Rosário.
Controle – Em 2018, o Programa Municipal de Controle da Malária realizou 10.720 exames para malária. Destes, 435 foram positivos para a doença, sendo registrado apenas um caso autóctone, ou seja, transmissão dentro do município, no bairro do Barreiro. Os outros 434 casos vieram de outros municípios, estados e países.
O município é referência nas ações de controle da doença. “Dispomos de 18 laboratórios instalados em unidades de saúde distribuídos estrategicamente em todos os distritos da capital para os exames parasitoscópicos”, ressaltou Leila. Há também o laboratório da Unidade Municipal de Saúde (UMS) da Marambaia, que funciona 24 horas com serviços de coleta e exames.
Áreas comuns – Belém mantém o alerta constante sobre a doença, sobretudo, devido às condições ecológicas favoráveis como floresta, temperatura, umidade elevada, chuvas frequentes, além da intensa migração de pessoas de áreas endêmicas para a capital. “É importante também, que o munícipe, após viajar para uma área em que a malária é comum, procure os serviços de saúde e relate ao médico a viagem. Quanto antes o diagnóstico, mais rápido inicia-se o tratamento e ampliam-se as chances de cura”, orientou Leila.
Texto: Suênia Cardoso
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								