Este sábado,12, foi dedicado à intensificação do trabalho de controle de endemias, realizado pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), na luta contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, chikungunya e zika. As visitas domiciliares, para a identificação e eliminação dos criadouros do mosquito, servem para reforçar as vistorias feitas ao longo da semana.
Uma equipe de quatro agentes atuou nos bairros do Marco e Umarizal, visitando cerca de 50 residências e imóveis abandonados. Homens da Cruz Vermelha receberam treinamento de controle de endemias e reforçam o trabalho em campo. As visitas são definidas a partir de solicitações e denúncias recebidas pelo telefone do Disque Endemias (3344-2466), da Divisão de Controle de Endemias da Sesma. A população pode ligar e pedir uma vistoria ou denunciar locais propícios à proliferação do Aedes.
“Passamos a atuar aos sábados para intensificar o combate ao mosquito e dar conta da demanda que tem aumentado ao longo da semana, devido ao recebimento de ocorrências por telefone”, observa o coordenador do Programa Municipal de Combate à Dengue, Tadeu Moraes.
Depois de passar por vários imóveis fechados ou aparentemente abandonados, a equipe conseguiu a primeira residência aberta, a da aposentada Fé Evangelista, 76 anos, localizada na Passagem Primeira, no bairro do Umarizal. No quintal, foram encontrados vários objetos com acúmulo de água, como vasos de plantas e garrafas de vidro e plástico.
“O mosquito se reproduz mesmo em pequenas quantidades de água, que podem ficar acumuladas em objetos minúsculos. Por isso, orientamos, durante as visitas domiciliares, que esses possíveis depósitos sejam eliminados com uma limpeza constante do ambiente”, destacou a agente de controle de endemias, Kelen Modesto.
A agente também observou as caixas de passagem de esgoto descobertas, calhas e reservatórios atrás da geladeira e aplicou larvicida em alguns pontos, para prevenir o aparecimento de larvas do Aedes.
Para Dona Fé a visita foi importante e serviu de alerta. “Vou seguir todas as orientações e providenciar o quanto antes uma limpeza no meu quintal para eliminar tudo que possa ser criadouro do mosquito”, assegurou a aposentada.
A Sesma tem cerca de 800 agentes atuando, exclusivamente, no trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti. São agentes que foram qualificados pela secretaria para identificar e eliminar possíveis focos, identificar casos suspeitos e, principalmente, orientar a população a evitar a proliferação do mosquito, inclusive com denúncias pelo Disque Endemias.
Texto: Jaqueline Ferreira