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Competições entre feirantes agitam o Ver-o-Peso


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José Magno tinha 16 anos quando viu o Ver-o-Peso pela primeira vez e, encantado com o lugar, decidiu deixar Abaetetuba e morar em Belém. Anos mais tarde fazia parte dos milhares de trabalhadores do Complexo e na manhã deste sábado, 28, enquanto tomava uma cuia de mingau de milho e tapioca observando os preparativos para a sexta edição dos Jogos do Ver-o-Peso, lembrava de tudo isso. "Eu deixei minha família em Abaetetuba pelo Ver-o-Peso, porque quando vi isso aqui me apaixonei e até hoje tudo me encanta aqui, as frutas, a comida, o mingau, as pessoas que são boas e atendem a gente bem. Sinto como se fosse meu lar”, afirma o pequeno empreendedor. Magno estava entre as centenas de pessoas que passaram a manhã no “veropa” acompanhando as provas que , na classificação geral tiveram a equipe Cupuaçu em primeiro lugar, seguida das equipes Pupunha e Castanha-do Pará.

Valdo Souza foi primeiro vencedor do dia. Em três minutos subiu e desceu de açaizeiros na Ilha das Onças com frutos suficientes para encher um paneiro com quase 25 quilos da fruta. O segundo colocado conseguiu pouco mais de 21kg. “Eu consegui subir duas vezes porque meu parceiro cansou, mas eu achava que tinha conseguido mais ou menos isso de peso mesmo”, contou o apanhador, acostumado com a tarefa diária.

Já de volta ao Ver-o-Peso, no Mercado de Peixe, homens que vendem 70,100 kg de peixe por dias tinham apenas alguns minutos para mostrar toda a habilidade na descamação e limpeza do pescado. A velocidade e a perícia foram as grandes aliadas da prova, observada atentamente pela doméstica Lídia da Silva, que veio de Benevides só para assistir os Jogos. “Eles são muito bons, muito rápidos, já queria um deles na minha cozinha para ajudar", brincou antes de elogiar a recente reforma feita no Mercado. “Ficou muito bonito”.

Na arena montada no coração da feira a disputa foi entre o que embalavam e empilhavam cubas de ovos. Rapidez e delicadeza na medida certa. Já entre os competidores que descascaram e cortaram abacaxis a disputa foi apertada e a diferença entre o primeiro e o segundo lugar foi de pouco mais de 200 gramas. O pessoal que participou da prova da castanha levou a inseparável peça de madeira para ajudar na hora de descascar o fruto e a vitória ficou com a equipe Pupunha.

Mas as maiores emoções da sexta edição dos Jogos do Ver-o-Peso ficaram para o final quando 12 pessoas se sentaram à mesa diante de um litro de açaí, uma poção de camarão salgado e outra de farinha. A prova que a torcida esperava ansiosamente. O treinamento desses homens e mulheres foi duro, mas nenhum deles superou o “atleta” que escolheu a cabeceira da mesa. Michel Monteiro, pelo segundo ano consecutivo, foi o mais rápido. “Minha preparação foi muito boa, não comi açaí por uns três dias pra chegar com muito vontade e o resultado foi mais uma vitória”, contou.

Doação

Todos os produtos utilizados nas provas – açaí, peixe, abacaxi, ovos e castanha – foram doados para o Serviço de Atendimento e Reabilitação ( Saber), que há 25 anos atende crianças com deficiências física, mental, comportamental, síndromes e autismo. “Temos crianças que não andavam e se tornaram campeões brasileiros de atletismo, outra com paralisia cerebral que é campeã das olímpiadas de matemática e criança que não andava e se tornou maratonista. Não podemos dizer aonde uma criança com deficiência pode chegar se tiver apoio, assistência e tratamento, mas é preciso que o governo faça, a sociedade faça e a família apoie”, explica o fundador e presidente da Saber, Bernardo Nunes de Moares Jr.

O secretário municipal de Esporte, Juventude e Lazer, Deivison Alves, afirma que "é importante esse lado social porque todos os produtos e materiais usados nas provas são pagos com dinheiro público, então a gente tem que devolver para as pessoas que realmente necessitam nesse momento de solidariedade e a Sejel não mede esforços para isso".

O secretário também comemorou o sucesso de mais essa edição dos Jogos do Ver-o-Peso, uma prévia do que vem por aí para festejar os 400 anos de Belém." O balanço é muito positivo por conta da integração das equipes em todas as provas, pelo desempenho dos outros órgãos envolvidos e, fundamentalmente, a satisfação dos feirantes ao final da provas. Isso foi o que realmente nos deixou muito felizes, mostrando a satisfação deles com essa programação da prefeitura de Belém que já é tradição e esperada com ansiedade todos os anos ", concluiu.

Texto: Fabiana Cabral

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