A Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira, localizada no distrito de Outeiro, em Belém (PA), abre as portas para o mundo com uma programação especial: “Educação Ambiental de Portas Abertas ao Mundo“. O projeto, coordenado pela escola e apoiado pela Prefeitura de Belém, será realizado no período de 10 a 21 de novembro, de 9h às 12h. A iniciativa une educação, sustentabilidade e saberes tradicionais em uma experiência imersiva voltada ao público nacional e internacional.
O modelo educacional da Escola Bosque é reconhecido por integrar natureza, ciência e práticas sustentáveis. A iniciativa vai proporcionar aos visitantes uma vivência da relação da cultura local, biodiversidade amazônica e justiça climática, protagonizada pela comunidade escolar.
As atividades do projeto incluem visitas guiadas, experiências sensoriais, apresentações culturais e exposições interativas. A programação prevê quatro circuitos simultâneos, cada um com grupos de até 30 pessoas, totalizando cerca de 120 visitantes por dia. Nos dias 10 e 11, porém, o evento será direcionado apenas às autoridades convidadas.
Crédito: Luís MIranda

PROGRAMAÇÃO
Antes de iniciar os roteiros, os visitantes serão recepcionados com uma apresentação cultural no anfiteatro da escola, seguida de instruções sobre segurança e conduta ambiental. Para participar, é necessário agendamento prévio e cumprimento de regras básicas, como o uso de garrafas individuais, roupas adequadas, protetor solar e repelente.
O primeiro circuito, “Raízes da Cidadania Ambiental nas Trilhas da Bosque”, apresenta os principais projetos de sustentabilidade da instituição, como: o Lago Borboleta, o Biodigestor, o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), o Viveiro Educador, o Meliponário e o Jardim de Memórias. A atividade vai demonstrar o funcionamento dos sistemas ecológicos e a gestão ambiental da escola.
No segundo, “Pés no Chão da Floresta que Ensina”, os visitantes participam de vivências práticas que envolvem plantio simbólico, compostagem e degustação de chás medicinais produzidos no próprio espaço. Já o terceiro circuito, “Saberes com a Floresta: Ciência, Tecnologia e Arte pela Justiça Climática”, traz a EXPO Ambiental EJAI, uma mostra interativa com produções científicas e artísticas dos estudantes, como pôsteres, jogos, poesias e materiais multimídia sobre justiça climática.
O quarto roteiro, “Semeando Saberes Ambientais: Horta do Conhecimento”, une educação ambiental, alimentar e nutricional. Nele, os visitantes conhecem o processo de plantio, colheita e degustação de espécies como o jambu, refletindo sobre alimentação saudável e sustentabilidade.
O público-alvo do projeto inclui estudantes, comunidade, delegações da COP 30, pesquisadores, educadores, jornalistas e demais interessados em experiências educativas ligadas ao meio ambiente. As visitas são acompanhadas por quatro guias e técnicos da Escola Bosque, com apoio de professores e estudantes.
Segundo a secretária adjunta pedagógica da Semec, Beatriz Morrone, a proposta reforça o papel da educação ambiental como eixo estruturante para a formação cidadã e para o enfrentamento das mudanças climáticas. “A Escola Bosque é um laboratório vivo de práticas sustentáveis e de diálogo entre os saberes da floresta e o conhecimento científico. Abrir suas portas para o mundo é reafirmar o compromisso de Belém com a Amazônia e com o futuro do planeta”, destacou.