Áreas que estão sofrendo com efeitos da erosão na ilha de Mosqueiro, distrito de Belém, foram mapeadas pela Defesa Civil Municipal na manhã desta sexta-feira, 06. A novidade da ação é que a Defesa Civil utilizou um drone para identificar, por meio de imagens aéreas, os pontos de difícil acesso.
Praias da Baía do Sol, Paraíso e Marahu foram os locais vistoriados na ação pioneira no Estado, que contou com o apoio da Companhia de Informática de Belém (Cinbesa), para fazer um levantamento de locais que são atingidos por erosões causadas pela ação da maré, visando à prevenção de desmoronamentos.
“Essas praias que vistoriamos são as que mais vêm sofrendo com a força da água. Hoje, por exemplo, ela chegará à altura superior a três metros. E após esse levantamento, realizaremos um relatório que será enviado para as secretarias competentes realizarem os procedimentos necessários”, explicou a arquiteta da Defesa Civil Municipal, Maria do Rosário Ribeiro, que é responsável pelo levantamento das áreas e imóveis em situação de risco.
Ainda de acordo com a arquiteta, o drone tem a possibilidade de sobrevoar áreas da margem das praias e dar um diagnóstico real da situação em que se encontram as orlas. “Este é um serviço que veio para beneficiar principalmente a sociedade, bem como os trabalhadores, moradores e banhistas que frequentam as praias de Mosqueiro. Ele já está sendo posto em prática”, afirmou Rosário.
A utilização da tecnologia a favor da população vai proporcionar maior agilidade na resposta para a sociedade. O recurso de utilização do drone servirá ainda, no monitoramento de vias de difícil acesso; locais de alagamentos; casas que possam estar com suas caixas d’água destampadas – que influenciam a proliferação do mosquito Aedes aegypti – e locais com concentração de entulhos, entre outros.
Prevenção
Com o período de veraneio se aproximando, militares do Corpo de Bombeiros do Pará se preparam para os serviços de guarda-vidas e socorristas nas principais praias da ilha de Mosqueiro e a ideia é que o drone também dê suporte nessas operações. Eles serão treinados e orientados pela Cinbesa, para a utilização da tecnologia. “Os bombeiros, assim como a própria Guarda Municipal de Belém (GMB) deverão utilizar este serviço para controle de incidentes durante o verão, visto que ele permite uma visão macro da região na qual faz o sobrevôo, e com isso esperamos diminuir o número de ocorrências de afogamentos”, afirmou o presidente da Cinbesa, José Régis Junior.
Ainda neste mês de maio, equipes da Cinbesa serão treinadas para auxiliar as operações do drone, bem como o movimento da câmera acoplada ao equipamento. “Por enquanto eu estou acompanhando as operações, pois já tenho a habilitação necessária para isso, e este treinamento é necessário para dar suporte às secretarias”, destacou José Régis.
Moradora do distrito de Mosqueiro há três anos, a pedagoga Solange Souza, de 39 anos, que costuma frequentar os restaurantes localizados na orla da praia do Paraíso, afirma que este trabalho de prevenção é fundamental para moradores e visitantes. “A gente acompanha diariamente o que acontece com a orla quando as ondas estão muito fortes. Esse trabalho vai evitar prejuízos não somente para os donos de estabelecimentos, mas para os banhistas, que frequentam o local”.
Texto: Karla Pereira
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								