No início de 2004, Jefferson Silva era serviços gerais em uma sucataria. Mas a responsabilidade social no esporte o ajudou a ser um campeão nacional. Com 14 anos de idade, Jefferson entrou para o projeto Atleta Olímpico, do treinador de boxe Ulysses Pereira. O projeto tinha o apoio da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), que fornecia material de treino para cerca de 50 garotos, além do custeio de passagens para competições, refeições diárias e cursos técnicos.
“Foi através desse projeto e o apoio da Prefeitura que consegui me dedicar ao esporte. Ele foi decisivo para atletas como eu, que não tinham condições de comprar um calçado apropriado, uma luva e sequer podiam tomar um café da manhã ideal. Devo tudo o que sou, hoje, a esse incentivo”, revela Jefferson.
Hoje Jefferson enche sua família de orgulho. A carreira como atleta foi vitoriosa. Integrante da Seleção Brasileira Olímpica de Boxe de 2008 a 2012, ele foi campeão brasileiro em 2008 e 2000, vice em 2009 e terceiro lugar em 2012. Atualmente, Jefferson está perto de formar-se em Educação Física e ganha a vida como instrutor de boxe para pessoas com Alzheimer, em uma clínica particular de Belém.
“O apoio de políticas sociais ao esporte é fundamental. Porque é cada vez mais difícil depender da ajuda de empresas. Com o incentivo dos dois governos anteriores de Edmilson Rodrigues, eu consegui fazer vários campeões, entre eles, o Jefferson Silva. Através do esporte, você encaminha um jovem de duas formas. Ou ele se torna um atleta ou ele é direcionado, através de cursos técnicos, para uma profissão com a qual ele se identifique”, destaca Ulysses Pereira.
Com 57 anos de idade e 37 de carreira, Ulysses já foi técnico da Seleção Brasileira Olímpica de Boxe durante sete anos e treinou o ex-campeão mundial, Acelino “Popó” Freitas, em três dos seus quatro títulos mundiais.
Dia do Esportista- A história de Jefferson Silva é apenas uma entre muitas espalhadas pelo Brasil, onde o apoio de políticas públicas voltadas ao esporte foi decisivo. Uma lembrança pontual neste 19 de fevereiro, quando é comemorado o Dia do Esportista, com o objetivo de incentivar e homenagear a prática do esporte. A data foi criada a partir da Lei nº 8.672, de 6 de Julho de 1993, conhecida como "Lei Zico".
Novas ideias no esporte- Foi na manhã desta sexta-feira, 19, Dia do Esportista, que a Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel) reuniu cerca de 30 servidores, com representantes de todos os setores, para começar a traçar metas para 2021 e a nova gestão.
“Esse foi o primeiro passo, o de planejamento. Depois vamos partir para a execução. É a espera de um grande momento, para a gente mostrar a finalidade da Sejel, que é uma secretaria com um leque que abrange todas as classes sociais, etnias e gêneros e os projetos serão para todos”, destacou a secretária da Sejel, Carolina Quemel.
Formada em administração, a titular da Sejel fala não apenas como gestora, mas também como esportista. Ela fez parte da equipe de natação da Tuna Luso Brasileira, depois praticou judô, boxe e corrida de rua. “Sei o quanto é difícil o apoio para quem vive do esporte. Eu, como mera praticante, já tive dificuldades. A Sejel vai trabalhar com a preocupação de atender a todos os esportes”, reforçou a secretária.
“Hoje se inicia o esporte das novas ideias. A gente precisava construir nosso planejamento. Este primeiro semestre será voltado para a formação e qualificação dos nossos servidores. A gente espera que, a partir do segundo semestre, a Sejel já esteja na rua, mostrando para a população de Belém para o que a gente veio, para aonde a gente vai e onde a gente quer estar”, pontuou Thiago Costa, diretor Geral da Sejel.
Texto: Syanne Neno
 
								 
															 
											 
								 
															 
								 
								 
								