A aposentada Edna Oliveira, de 68 anos, fez questão de levantar bem cedinho e se produzir para comemorar mais um Dia Municipal do Idoso, celebrado em 27 de setembro. “Desde nova, tive a responsabilidade de ajudar minha mãe a cuidar dos meus irmãos menores e com isso não tive uma infância e adolescência como deveria. Hoje, eu me sinto como se fosse uma adolescente, e há seis anos o Centro de Convivência me fez reviver. Aqui, eu brinco, faço amizades e isso é tudo bom pra mim. Venho pra cá e minha vida é só alegria”, celebrou a aposentada.
A Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), promoveu no Centro de Convivência Zoé Gueiros, nesta sexta-feira, 27, um baile dançante em alusão ao Dia Municipal do Idoso, com o objetivo de promover uma manhã festiva e de valorização da pessoa idosa. Idosos assistidos pelo Centro de Referência de Assistência Social Pedreira (CRAS) do Aurá também participaram do evento.
Idosos – O Centro Zoé Gueiros atende a cerca de 500 idosos de toda Belém, com uma equipe de profissionais qualificados para promover o envelhecimento ativo e saudável, com atenção integral, estímulo e fortalecimento da participação social. “Esse dia é como se fosse a culminância de todo trabalho que é desenvolvido aqui no Centro de Convivência. Muitos idosos chegam aqui com os vínculos fragilizados e, nós buscamos fortalecer o vínculo familiar e comunitário, gerando o empoderamento e autonomia deles”, afirma Sílvia Martins, coordenadora do Centro de Convivência Zoé Gueiros.
“A minha qualidade de vida melhorou cem por cento depois que comecei a frequentar o Centro. Hoje e sempre me sinto maravilhosa, porque aqui eu realizei o meu sonho de cantar e dançar, já que meu pai não me permitiu no passado. Faz quatorze anos que eu venho quase todos os dias ao Centro. Ao acordar, me lembro que tenho essas atividades e amanheço feliz e animada, porque aqui tenho tanta coisa boa pra fazer e ainda interajo com os meus colegas. Os profissionais são todos maravilhosos, nos tratam bem e com muito respeito, e eu me sinto muito grata por isso”, destacou a aposentada Ilma Cunha, de 74 de anos.
A aposentada Maria Izabel Diniz, de 70 anos, disse que, na busca pela saúde, participar de tudo o que Centro nos oferece é muito importante. “Quando eu vim pra cá, tinha feito uma cirurgia na coluna e andava de bengala e a minha autoestima estava bem baixa. Meu médico me aconselhou a procurar fazer algum tipo de atividade que me distraísse, e na procura, encontrei este Centro de Convivência, no qual fui muito bem recebida por toda a equipe e colegas. Estou aqui firme forte, desde o final de 2001, e não uso mais bengala, graças a Deus, e a toda essa equipe que cuidou tão bem e me fez reviver”, elogiou Maria Izabel.
“Na nossa vida temos três coisas que são primordiais, o amor, a sorte e o destino. O amor é um ninho onde o meu coração se agasalha, vem a sorte e me protege, mas o destino atrapalha. Aqui eu descanso e vivo muito feliz, aqui encontro tudo e todo mundo, e são pessoas boas de coração e eu amo a todas elas”, poetizou o aposentado Nailson Coelho, de 82 anos.
Texto: Laiana Damasceno
